Capítulo 9

Luan narrando

Depois de deixar a Mi em casa, passei na oficina onde trabalho e o Roberval ainda estava lá, terminando de mexer no motor de um carro, chamei ele e fomos pro lado de fora, estava procurando palavras pra fazer esse pedido pra ele, não seria facil, ele ficou em silêncio apenas esperando eu começar, e foi o que eu fiz.

Luan: - ele acha que foi ele-comecei-você tem que contar, ele se culpa por isso e a gente sabe que não foi
Rober: - e dai que ele acha que foi ele? Ele sempre achou
Luan: - você tem que contar, a Sophia ta sofrendo
Rober: - e dai? Qual é Luan, a quanto tempo conhece essa garota? Um mês e meio? Ta, ela é legal, mas a gente se conhece desde pequeno e você sabr que se eu contar vai ferrar comigo e com meus pais
Luan: - testa-implorei
Rober: - nem pensar Luan, esqueci isso, não vai rolar

Ele me deu um tapinha no ombro e entrou novamente, suspirei derrotado e voltei pra caminhonete, dirigi até em casa e ela estava vazia por dentro, já o jardim estava a todo vapor, cheio de gente preparando a festa da Bruna.

Corri pro meu quarto onde tinha finalmente o silêncio, peguei meu violão e fiz o que a Sophia disse, compus uma música pra minha mãe, não foi dificil compor pra ela lembrando todos os momentos bons que vivemos, dos conselhos bons, dos carinhos que trocavamos, do amor que ela me dava. Assim que acabei, desci pra fazer um lanche, cheguei na cozinha e minha mãe estava lá e já começava a fazer a janta.

Luan: - cadê o papai?-perguntei arrumando meu sanduba
Mari: - viajou de novo, amanhã ele pega a Bruna em São Paulo e vem embora
Luan: - só nós dois?
Mari: - sim
Luan: - ata-me sentei e comecei a comer

Fiquei observando minha mãe fazer nossa janta e um sorriso bobo escapou dos meus lábios, eu amo essa mulher e faço de tudo por ela. Me levantei e abracei ela por trás e depositei um beijo em sua bochecha.

Luan: - eu te amo mãe, amo muito-ela virou e me abraçou
Mari: - como é bom ouvir isso, eu que amo você filho

Ficamos abraçados por um tempo e depois voltei, me sentei e comi o resto do sanduba. Fui pra sala e fiquei sentado no sofá assistindo tv, estava cansado, liguei pra Mi e quem atendeu foi o J.P que disse que ela estava dormindo. Fiquei assistindo um programa lá até minha mãe me chamar pra jantar, fui pra mesa e logo minha mãe chegou com as panelas e colocou na mesa, esperei ela voltar e me servi. Comemos em silêncio, repeti mais uma vez, a comida estava deliciosa como sempre. Quando acabamos, tirei a louça e coloquei tudo na pia.

Luan: - vamos conversar um pouquinho-chamei minha mãe
Mari: - vamos sim, mas espera eu lavar a louça?
Luan: - depois você faz isso mãe, por favor
Mari: - tudo bem

Fomos pra varanda de fora, deixei ela sentada lá e subi. Peguei meu violão e fui até ela, me sentei de frente pra ela e dedilhei algumas notas.

Luan: - depois da sua nova briga com o papai, fui desabafar com a Sophia, ela me entende melhor que ninguém mãe, ela me apoia de uma forma, me motiva tanto, e hoje ela me aconselhou a escrever uma música pra você e quando cheguei foi exatamente o que eu fiz, vou cantar pra você ta?-ela me olhou com os olhinhos lagrimejados
Mari: - ta bom
Luan: - Mãe, hoje eu descobri que eu cresci
É que de repente eu me vi
Tão sozinho na estrada
Mãe, hoje eu precisei de você
Eu não sabia o que fazer
Me vi de mãos atadas
Mãe, o que é que a gente faz
Quando o sucesso não traz
A paz que a gente procura?
Mãe, hoje aqui sozinho eu rezei
Aqui no meu cantinho eu chorei
E chorando fiz uma jura
Juro que a partir de hoje eu vou fazer
meu tempo
Vou ficar mais perto do teu sentimento
Vou ficar mais perto, mãe, do teu amor
Juro não deixar jamais a minha
ambição
Falar tão mais alto que meu coração
Se minha riqueza, mãe
É o teu amor
Mãe, me dá teu colo
Mãe, mulher que adoro
Mãe, se existo devo a ti meu respirar
Mãe, tão puro amor de mãe
Que as vezes não me vêm
Palavras pra expressar
Mãe, pra ti conjugo o verbo amar
Mãe, teu conselho me orienta
Teu carinho me alimenta
Da paz, do amor, da esperança
Mãe, hoje eu sou um homem eu sei
Mas as vezes que eu chorei
Não passei de uma criança
Mãe, o que é que a gente faz
Quando o sucesso não traz
A paz que a gente procura?
Mãe, hoje aqui sozinho eu rezei
Aqui no meu cantinho eu chorei
E chorando fiz uma jura
Juro que a partir de hoje eu vou fazer
meu tempo
Vou ficar mais perto do teu sentimento
Vou ficar mais perto mãe do teu amor
Juro não deixar jamais a minha
ambição
Falar tão mais alto que meu coração
Se minha riqueza, mãe
É o teu amor
Mãe, me da teu colo
Mãe, mulher que adoro mãe
Se existo devo a ti meu respirar
Mãe, tão puro amor de mãe
Que as vezes não me vem
Palavras pra expressar
Mãe pra ti conjugo o verbo amar

Assim que terminei de cantar, ela tirou o violão do meu colo e me abraçou apertado, sorri com seu carinho.

Mari: - me desculpa, me perdoa filho, me perdoa, mas desde aquele dia do hotel que tinha sangue no colchão fiquei meio assim, eu não quero que sofra essas coisas pra realizar seu sonho, não quero que passe por isso meu filho, me desculpa, eu só quero seu bem, sempre quis, você sabe isso melhor que todos
Luan: - é claro que eu perdoa mãe, eu amo você, pra sempre ta?
Mari: - pra sempre meu bebê-alisou meu rosto

Ficamos mais um tempo ali abraçados, e depois entramos, trancamos toda a casa, e nos sentamos no sofá com uma panela de brigadeiro e ficamos assistindo filmes igual faziamos quando estavámos de bem.

Fui deitar já era tarde, pra ser mais claro duas da manhã, fiquei pensando na Sophia, no sorriso dela, em como ela estava me fazendo feliz, como ela sabia o que dizer e a hora certa de dizer, eu quero muito que esse lance de certo.

Acordei no outro dia e fui direto pro banheiro, fiz minha necessidade, tomei um banho rápido, me vesti e desci pra tomar café, minha mãe já estava lá e a mesa estava posta, fui até ela e dei um abraço apertado e ganhei um beijo na testa.

Mari: - bom dia meu principe
Luan: - bom dia minha rainha

Tomamos café juntos e conversando sobre a festa da Bruna, que minha mãe estava empolgada. Falamos sobre o show que vou fazer, e que depois de falar bastante o quanto eu queria isso ela topou deixar eu fazer.

Depois que terminamos o café tiramos a "mesa" e lavamos a louça juntos, conversamos muito. Estavámos quase terminando quando escutamos o barulho da porta, olhei pelo portal da cozinha e era o meu pai e a Pi. Eles vieram até a cozinha e minha mãe foi até meu pai e o abraçou enquanto a Piroca me abraçava.

Mari: - te amo-ela falou pra ele e ele a olhou surpreso
Amarildo: - eu também amo você-eles trocaram uns selinhos e eu e a Bruna ficamos olhando os dois

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Olaaa, cheguei pessoas! Sentiram minha falta? Pois é!!! Amanhã tem mais prometo!