sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Capítulo 23

Finalmente chegamos em casa, estávamos com muita fome, mandamos a Kelly pra cozinha enquanto isso, eu e o João fomos tomar um banho, quando sai do quarto trombei com a Kelly que estava indo tomar banho.

Kelly: - me esperem pra comer
Sophia: - tá bom

Ela entrou no quarto e eu segui até a cozinha, olhei o que ela tinha feito e vi ser lanches naturais do jeito que gosto. Me sentei na mesa e logo em seguida o J.P sentou ao meu lado e bati em sua mão.

Sophia: - espera a Kelly
J.P: - to com fome-ia atacar novamente e bati em sua mão
Sophia: - espera ela

Esperamos minha amiga aparecer, o que não demorou e comemos conversando sobre os pegas da noite. Depois que comemos nos sentamos no sofá e ficamos conversando até o sono bater. Me despedi dos dois e fui pro quarto, tinha uma mensagem do Júlio me pedindo pra salvar o número dele. Liguei minha internet e chegou algumas mensagens no whats, entre elas tinha três de um número desconhecido, mas assim que abri vi ser do cara que bati no carro.

******

J.P: - bora logo Sophia-escutei o J.P me chamando
Sophia: - cadê mamãe? Já chegou?-perguntei calçando meu salto
J.P: - já ta esperando a gente lá em baixo
Sophia: - vamos como?
J.P: - vou dirigindo o carro da mamãe e eles vão no do Danilo
Sophia: - Kelly ta pronta?-coloquei os brincos
J.P: - sim, só falta você-coloquei todas as pulseiras e soltei meus cachos
Sophia: - pronto-sai na porta e ele me olhou da cabeça aos pés


J.P: - caraca
Sophia: - to bonita?-dei uma voltinha
J.P: - vou ficar bem longe de você hoje
Sophia: - por quê?
J.P: - se eu ficar perto de você vou ser obrigado a quebrar a cara de alguns babacas
Sophia: - nem pense em brigar, vamos

Hoje seria o show do Luan, e eu estava muito preocupada se eu estava bonita mesmo, ainda não tinha decidido se iria no camarim ou não, mas eu estava tão nervosa só de saber que a nossa distância era de poucos metros. Peguei minha bolsa com tudo o que eu precisava e meu celular, fomos pra sala e minha amiga estava linda.

Sophia: - ual-eu disse a olhando
Kelly: - ual digo eu, tá bem gostosa
Sophia: - você também, uns peitão-apertei
J.P: - paro de sapatonisse, bora

Chamamos o elevador e ele já chegou cheio de gente, ficamos bem na frente, e assim que chegou no estacionamento vi minha mãe e o Danilo nos pega.

Sophia: - pode parar com isso-falei enciumada e eles se soltaram
Clarice: - nossa, capricharam em
Sophia: - isso sempre mamis, mas olha quem fala né? Agora dá a chave aí
Clarice: - querem ir com a gente, aí pelo menos vocês podem beber-deu de ombros, mas via seu semblante preocupada, ainda mais depois da minha batida no carro do Eduardo
Sophia: - pode ser-concordei
J.P: - melhor ainda-J.P comemorou
Sophia: - cú de pinga
Danilo: - então bora

Entramos no carro e fomos com eles, assim que chegamos lá o Danilo estacionou em um lugar particular, especialmente pros contratantes, colocamos as pulseiras entramos pelo fundo e vi um baixinho se aproximar, ele me parecia muito o..

Xxx: - prazer, eu sou o Roberval secretário do Luan, ele está esperando vocês no camarim-disse interrompendo meus pensamentos e confirmando minhas suspeitas-e aí cara?-apertou a mão do J.P
J.P: - tá beleza cara?
Rober: - bem e você?
J.P: - bem demais cara

Ele olhou pra Kelly e deu uma baita secada nela, ri alto e ele me olhou, abriu a boca pra dizer algo, mas simplesmente não conseguiu e tornou a fechar a boca.

Danilo: - vamos lá?-chamou a atenção dele que o olhou
Rober: - claro

Seguimos ele e a cada passo meu, eu me sentia mais nervosa, comecei a tremer e a insegurança bateu. A verdade era que toda a raiva e decepção que senti dele a seis anos atrás foi algo passageiro, mas não sabia se a decepção por tudo que falei tinha passado.

Sophia: - acho melhor eu não ir-sussurrei pra minha amiga
Kelly: - deixa de ser mole
Sophia: - acho que não estou preparada pra isso
Kelly: - você quem sabe amiga, mas eu vou, to louca pra tirar foto com aquele delícia-rimos

Seguimos eles até a porta do camarim, o Rober entrou na frente e demorou um pouco, em seguida todos foram entrando, olhei pro segurança que estava na porta e me lembrei dele do cinema, Well, ele me olhou e sorriu sem graça. Todos já tinham entrado, olhei em direção a porta e ele abraçava minha mãe, mas olhava em direção a porta, em direção a mim. Pensei em entrar, mas minhas pernas falharam, me virei pro segurança e ele me olhou.

Well: - não vai entrar?-perguntou surpreso
Sophia: - não, por favor avisa eles que estou no camarote esperando
Well: - claro, aviso sim
Sophia: - obrigada-beijei sua bochecha-onde fica os camarotes?
Well: - pra lá-apontou pra minha esquerda
Sophia: - obrigada

Dei mais uma olhada dentro do camarim e segui meu caminho, assim que cheguei no camarote fui direto no bar e peguei um copo de vodka com energético. Fui pra grade e tinha muita gente, o palco não era muito perto do camarote, mas também não era longe.

Xxx: - BU-me abraçaram por trás e me assustei, me virei e vi ser o Júlio
Sophia: - que susto maluco, tu demorou
Júlio: - foi mal, peguei trânsito
Sophia: - também
Júlio: - tenho uma festa pra gente ir hoje, diz que vai-beijou meu pescoço
Sophia: - vou nada, nem te conheço direito
Júlio: - poxa, nos falamos esses dias todos
Sophia: - não posso confiar assim nas pessoas-dei de ombros e ele se afastou me olhando chateado
Júlio: - caraca
Sophia: - to falando sério, mas eu topo
Júlio: - depois dessa-negou com a cabeça
Sophia: - para caralho to brincando-ele fez bico
Júlio: - já acreditei-deu de ombros
Sophia: - faz bastante cú doce, você sabe o tanto que adoro isso-falei irônica bebendo minha bebida
Júlio: - to brincando, se vai mesmo?
Sophia: - como amigos né?
Júlio: - sim-fez cara de tédio
Sophia: - posso levar minha amiga e meu irmão?
Júlio: - claro, ainda mais se a amiga for gostosa
Sophia: - olha o respeito rapaz-falei rindo e ele fez o mesmo
Júlio: - já volto

Ele sumiu da minha vista e o pessoal chegou no camarote, minha mãe veio até mim e me abraçou forte demais.

Clarice: - ele perguntou de você
Sophia: - eu não consigo mãe, simplesmente travo quando estou perto dele, eu preciso evita-ló o máximo que eu conseguir
Clarice: - fica calma, vai dar tudo certo, quando for pra vocês se reencontrarem vai acontecer no momento certo
Sophia: - obrigada mãe, de verdade
Clarice: - só quero seu bem, vou ali com uns amigos, se importa?
Sophia: - óbvio que não mãe, vai lá se divertir-beijei sua bochecha

Ela saiu e a Kelly me abraçou, conversamos um pouco e ela me disse o quanto ele era cheiroso, apenas ri da minha amiga, o J.P se aproximou e me abraçou também.

J.P: - ele nos convidou pra um churrasco na casa de um amigo, bora?
Sophia: - nem pensar, vou evitar ele o máximo que eu conseguir, e o Júlio nos chamou pra uma festa aí
J.P: - aquele cara da balada?
Sophia: - ele mesmo
Kelly: - já topei amiga-bateu palmas
Sophia: - fechou
J.P: - eu vou pro churrasco do Luan, que onde há Luan, há mulher gostosa
Sophia: - beleza então, agora vai buscar uma ice pra mim
J.P: - to indo

Ele foi e voltou bebendo uma cerveja e com duas ice na mão, uma pra mim e uma pra Kelly, o Júlio voltou e ficou ao meu lado, paquerando a Kelly que estava receosa por mim, dei carta branca pra ela que se animou. O show começou com uma música animada, estava me divertindo demais, em um certo momento ele chamou uma menina no palco e dançou Donzela com ela, fiquei com ciúmes, mas ele não estava ali mesmo pra ver minha cara.

O show acabou e com ele minha mãe apareceu ao nosso lado, falamos pra ela que não iríamos voltar e apresentei o Júlio pra ela, como um amigo de longa data, e ela acreditou, tadinha.

Júlio: - bora?
Sophia: - bora
J.P: - tem certeza que não quer ir comigo?
Sophia: - sim, toda certeza do mundo
J.P: - beleza, fui-beijou minha bochecha e da Kelly, em seguida saiu

Ele sumiu de nossas vistas, pegamos nossas coisas e também partimos, fomos até o estacionamento e entramos em seu carro. Seguimos até um condomínio de luxo, a cada casa que se passava eu ficava ainda mais encantada com aquele lugar. Viramos uma rua e de longe já vi vários carros luxuosos, pelo jeito os amigos dele eram bem ricos.

Paramos na casa e eu e a Kelly descemos, o Júlio ficou no carro e conseguiu uma vaga pra estacionar, eles se aproximou e fomos até a porta, ele tocou a campainha e quando a porta abriu me surpreendi

Sophia: - Eduardo?
Eduardo: - Sophia-deu um sorrisinho e dessa vez eu o reparei, ele era simplesmente lindo
Sophia: - e seu carro?
Eduardo: - tá prontinho, novinho em folha
Sophia: - por que não me ligou como havíamos combinado?
Júlio: - pelo jeito vocês já se conhecem né?-assenti-Kelly esse é o Dudu Borges, melhor produtor do mundo e parceiro das festas
Kelly: - o gostosinho da batida do carro
Júlio: - bora entrar vem-puxou ela pra dentro
Eduardo: - entra-me deu espaço
Sophia: - não respondeu minha pergunta
Eduardo: - não precisava que você pagasse o conserto do carro, falei aquilo na hora da raiva
Sophia: - mas me mandou mensagens depois
Eduardo: - mandei porque te achei linda-fiquei sem graça e ele percebeu-vem, a casa não é minha, mas seja bem vinda

Entramos juntos e ele me apresentou há algumas pessoas, estava apertada pra ir ao banheiro, o olhei e ele pareceu entender que eu queria algo.

Dudu: - o que tá querendo?-perguntou rindo
Sophia: - ir ao banheiro, me leva?-pedi
Dudu: - vem

Ele me levou no de baixo, mas tinha gente ali, subimos as escadas daquela enorme casa e o banheiro do corredor tinha gente.

Sophia: - ai caraca, to apertada demais
Dudu: - vamos no quarto do Sorocaba-me puxou, mas logo escutamos uma voz feminina atrás de nós
Xxx: - Eduardo, vem aqui-a moça disse brava
Dudu: - oh mulher chata cara-sussurrou pra mim e segurei a risada-espera um pouco Samyle, vou levar a Sophia aqui no banheiro
Samyle: - ela se vira sozinha, vem aqui agora-falou brava e eu tive que rir
Sophia: - qual quarto é? Vou rapidinho e já desço
Dudu: - o primeiro do lado direito do corredor
Sophia: - ok, obrigada agora vai lá antes que ela bata em você por minha culpa
Dudu: - desculpa-sorriu sem graça 
Sophia: - que nada, sem problemas, diz pra ela que sou lésbica-rimos
Dudu: - pode deixar

Ele foi em direção a ela e eu praticamente corri pro quarto que ele me disse, entrei e tranquei a porta pra prevenir caso alguém quisesse entrar. Corri pra porta que tinha ali e abri pra ver se era o banheiro e sim, era, e ele estava sendo ocupado, por quem eu mais evitei essa noite.

Sophia: - Luan-sussurrei, mas ele escutou e se virou me olhando


Olá, viu voltei antes do que imaginavam kkkkk
vcs me amam demais!!! É pessoal, parece que o destino está conspirando a favor do casal, e ai, se pegam ou não?

Capítulo 22

Sophia: - preciso ir ao banheiro, com licença

Sai quase que correndo dali e procurei o banheiro, finalmente encontrei, entrei no banheiro, fiz minha higiene e fiquei um tempo ali pensando na vida. Tomei coragem pra voltar e fui, assim que cheguei na primeira poltrona pra passar pra minha o Luan me olhou, desviei o olhar, pedi licença e fui me sentar no meu lugar.

Kelly: - o que houve aqui?
Sophia: - é o Luan que está quase ao meu lado e eu sem querer tropecei no pé de alguém e cai sentada no colo dele
Kelly: - posso pedir foto com ele?-praticamente implorou
Solhia: - agora não Kelly, não pode usar celular no cinema
Kelly: - ah-ela disse um pouco alto e algumas pessoas nos olharam novamente
Xxx: - xiu-alguém disse e eu nem procurei saber quem era, se não ia arrumar confusão

Passei o filme todo sem nem olhar pro lado, já a Kelly olhava descaradamente sem disfarçar o que me arrancou sorrisos idiotas.

Antes do filme acabar o homem que estava sentado ao meu lado chamou o Luan pra ir embora, pois o filme estava acabando, o Luan disse algo no ouvido dele que voltou a olhar pra frente.

Xxx: - oi-o homem do lado disse pra mim
Sophia: - oi, tudo bem?
Xxx: - tudo bem e você?
Sophia: - to bem também
Xxx: - prazer, pode me chamar de Well-esticou a mão pra mim e eu peguei
Sophia: - Sophi
Well: - lindo esse nome, igual a dona-ele disse visivelmente sem graça
Sophia: - ah, obrigada-vi o Luan cutucar ele
Well: - preciso ir, me passa seu número?-perguntou vergonhoso
Sophia: - claro, anota ai-mesmo receosa soletrei e ele anotou
Well: - foi um prazer conhece-la
Sophia: - o prazer é todo meu-sorri simpática

Ele se levantou e o casal ao seu lado também, eles foram até a saída de emergência ao lado das poltronas e saíram. Voltei a prestar atenção no filme e como o moço havia dito, o filme acabou, pegamos nossas coisas e saímos daquela sala.

Demos uma super volta pelo shopping, via cada coisa linda e corria pra ir comprar, na hora que estávamos indo embora fui até a primeira loja que vimos e pedi pra experimentar o sapato que eu havia amado.

Xxx: - qual seu número?-a vendedora perguntou
Sophia: - 36

Eu que pensei que não tinha como amar mais ele, me enganei, ele ficou simplesmente lindo no meu pé, e na hora já comprei.

Chegamos em casa já era quase sete da noite, assim que entramos vi o J.P jogado no sofá assistindo Velozes e Furioso 4, me joguei ao lado dele.

Sophia: - como entrou aqui?
J.P: - tenho uma copia da chave, afinal vou morar aqui também
Sophia: - beleza, senhor João Pedro

Me levantei e levei minhas compras ao meu quarto, deixei tudo em cima da cama e voltei pra sala. Assim que o filme acabou, já era quase 8h30m.

Sophia: - que horas vamos?
J.P: - 09h30m, antes vamos jantar em um restaurante ai
Sophia: - como vamos?
J.P: - Danilo é parsa, ele me emprestou o carro dele
Sophia: - eu dirijo
J.P: - e você sabe?
Sophia: - lógico que sei, tenho carta viu, só que é estrangeira e preciso trocar de nacionalidade
J.P: - certo, mas dá problema se a policia parar?
Sophia: - não, porque eu acabei de chegar
J.P: - então fechou, vão se arrumar,as duas, eu em meia hora estou pronto, já vocês
Kelly: - fica na sua-mandou beijo no ar e saiu pro quarto dele
J.P: - boa demais
Sophia: - não quero saber, valeu

Fui pro meu quarto, tomei um banho rápido, já que eu já tinha tomado antes de ir pro shopping e nem andamos demais. Arrumei o cabelo, fiz uma make fraquinha, e fui me vestir.


Já estava pronta pra arrasar, sai do quarto e encontrei o J.P pronto. Estava muito cheiroso.

Sophia: - caraca, ta gostoso em, e cheiroso
J.P: - você nem se fala, e essas coxas de fora-passou a mão nas minhas coxas e quando tirou deixou um tapa
Sophia: - filho de uma mãe boa, isso vai ficar a marca raparigueiro
J.P: - esse vestido ta muito curto, vou ter que dar um de empata foda hoje
Sophia: - faz isso e eu faço o mesmo contigo
Kelly: - bora gente do bem-chegou arrasando em uma saia preta e uma
blusa dourada
Sophia: - amei sua blusa, quero emprestada
Kelly: - só pedir, agora vamos
J.P: - bora delicia-puxou ela e beijou ela na boca na minha frente
Sophia: - credo, parem com isso
J.p: - paramos

Sai na frente e fui pro elevador, fiquei segurando e eles apareceram logo depois de mim, entraram rindo de mim.

Sophia: - que foi?-fiz cara de tédio
J.P: - ciumenta, te amo-me abraçou por trás e beijou meu pescoço
Sophia: - solta João Pedro, se não eu volto e não vou mais
Kelly: - fica bravinha não amiga, a gente não vai mais se pegar
Sophia: - ótimo, que maravilha-falei irônica
Kelly: - é ciumes de mim ou dele?
Sophia: - de você-segurei a risada
J.P: - nossa, não to valendo nada mesmo-disse indgnado
Sophia: - nunca valeu-rimos

Descemos até o estacionamento e como eu havia dito eu fui dirigindo enquanto o J.P me dava as coordenadas de como chegar no restaurante, depois que comemos o J.P me ensinou o caminho da balada e seguimos pra lá.

Sophia: - chegamos-eu disse animada
Kelly: - e vivos-comemorou e lhe mostrei dedo do meio
J.P: - bora tenho que procurar uns amigos que estão com nossas pulseiras

Peguei minha bolsinha com as minhas coisas, meu celular e desci, tranquei o carro, arrumei minha roupa e seguimos atrás dos amigos do J.P, ele olhou pros lados e mudou de caminho sorrindo, e eu e a Kelly atrás, chegamos em uma roda de meninos, tinham muitos ali.

J.P: - essa é a minha irmã, Sophia-cumprimentei um a um enquanto eles falavam os nomes-e essa a Kelly amiga da Sophia-apontou pra morena ao meu lado que fez o mesmo que eu e cumprimentou um a um
Sophia: - prazer meninos
Todos: - prazer é nosso

O J.P pegou as pulseiras e chamou os meninos pra entrar e eles toparam na hora. Colocamos as pulseiras no braço e entramos direto, fui seguindo J.P e sua gangue, eles pararam em uma escadinha onde tinha um segurança de cara fechada, mostramos as pulseiras e ele nos liberou a subir.

Sophia: - onde estamos indo?-perguntei ao meu irmão subindo as escadas
J.P: - camarote, dá pra beber de graça
Sophia: - opa-bati palminhas super animada

Assim que chegamos no lugar, era bem aconchegante, tinha alguns pufes, uns sofás, tudo mais pro escuro. Fui até o bar com a minha amiga e pegamos uma bebida suave que encontramos, fomos pra grade já dançando e assim ficamos por um tempão. Um carinha chegou em mim, Júlio o nome dele e me jogou um xaveco bom, cai na lábia dele e o beijei.

Júlio: - que beijo bom
Sophia: - eu sei, eu beijo muito bem
Júlio: - mesmo que nesse discurso você tenha sido muito convencida, eu tenho que concordar
Sophia: - to brincando-rimos
Júlio: - mas é a verdade, vem cá-me puxou pra outro beijo

Ficamos naquele clima por horas. Já era quase cinco da manhã quando o J.P me interrompeu de mais um beijo e me chamou pra ir embora.

Sophia: - vou ter que ir agora
Júlio: - vai não-me apertou no abraço
Sophia: - tenho que ir de verdade, já já meu irmão volta aqui e me leva pelos cabelos, não estou afim de passar vergonha na sua frente
Júlio: - tá bom, será que poderia me passar seu número pra gente se ver novamente
Sophia: - claro, cadê seu celular?
Júlio: - tá aqui-tirou o mesmo do bolso e eu anotei
Sophia: - agora vou indo, até qualquer dia-dei um último beijo nele e fui até o J.P que estava impaciente
J.P: - que demora do caramba-ele estava bravo
Sophia: - não me enche, você tava comendo uma piranha por aí e eu não disse nada
J.P: - tá bom, agora cadê a Kelly?
Sophia: - deve tá com algum cara por aí, vem, vamos procurar

Saímos atrás da minha amiga e encontramos ela pegando um carinha de baixo da escada, chamamos ela que se despediu e veio.

Fomos pro carro, peguei a chave e entrei no banco do motorista, o João sentou ao meu lado e a minha amiga atrás.

Kelly: - miga que boy era aquele que tu pegou?
Sophia: - demais né? Ele é lindo e além de tudo tem uma pegada oh-fiz uma cara de safada e ganhei um cutucão do meu irmão
J.P: - dá pra parar com esse assunto? Que coisa
Sophia: - ciumento-tirei o olho da direção do carro e olhei pra ele
J.P: - SOPHIA-me gritou, mas em seguida senti um impacto com outro carro

Brequei na hora, ninguém do nosso carro se machucou, mas o impacto serviu pra amassar a parte traseira do carro, e com certeza a frente do nosso.

Xxx: - você é louca?-o dono do carro da frente veio revoltado
Sophia: - moço, mil perdões, eu me distraí rapidamente e acabei batendo
Xxx: - olha a traseira do carro eu vou chamar a polícia-apontou
Sophia: - pelo amor de Deus cara não chama a polícia, eu cheguei ontem no Brasil, ainda nem regulei minha habilitação, eu pago o conserto, mas por favor não chama a polícia-implorei a ele
Xxx: - tudo bem, mas vai ter que pagar
Sophia: - tudo bem, eu pago, olha vou te passar meu número e meu endereço, você leva no conserto e depois me diz quanto é e eu pago
Xxx: - ok moça
Sophia: - meu nome é Sophia-eu disse anotando tudo em um papel e entreguei a ele
Xxx: - prazer, Eduardo
Sophia: - prazer não tem nome-falei e só depois quando ele riu que me toquei do que eu havia falado
Eduardo: - bom, vamos sair do caminho, te ligo-ele ia saindo
Sophia: - espera-ele parou no meio do caminho-esse número é estrangeiro, me manda mensagem no whats e te falo o meu número daqui
Eduardo: - ok, obrigada por avisar

Ele entrou no carro e saiu, eu fiz o mesmo, e o J.P ria de mim, dizendo que eu com medo era muito engraçado.

J.P: - ainda bem que esse carro tem seguro e com o dono que tem, eles se viram pra arrumar em um dia-falou rindo
Sophia: - como sabe disso?
J.P: - já bati esse carro, e ele só descobriu quando o pessoal do seguro ligou lá pra perguntar algumas coisas
Sophia: - maluco, agora parem de me desconcentrar se não vou bater de novo
Kelly: - miga se viu como o cara era lindo?
Sophia: - não reparei, ele disse que ia chamar a polícia e eu me desesperei, nem tive tempo pra isso
Kelly: - pois eu reparei
J.P: - para de arrumar macho pra Sophia na minha frente-falou irritadinho e a gente riu
Kelly: - parei, mas só na sua frente-riu maléfica e ganhou um tapa na coxa
J.P: - safada


Olá meus amores, demorei menos que o esperado né?
Olha só essa Sophia gente, só digo uma coisa: SEGURAAAA QUE ELA VAI CAUSAR!
Beijos!!!!!!!!!!!!!
Volto antes do que vocês imaginam

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Capítulo 21

Fomos até onde a Kelly e minha mãe estava, apresente a Kelly pra ele que ficou toda fogosa. Peguei minhas malas e com a ajuda do J.P levei pro quarto, assim que voltei pra sala o Danilo já estava lá. Cumprimentei ele com um abraço e minha mãe nos gritou da cozinha, nos chamando pra comer. Arrumamos a mesa e nos sentamos, minha mãe colocou a comida comprada, pelo Danilo, na mesa e nos servimos.

Clarice: - estamos montando um consultório pra você filha
Sophia: - como assim?-a olhei assustada
Clarice: - por enquanto vocês vão trabalhar em uma cliníca parceira da empresa do Danilo, ai quando seu consultório ficar pronto, vocês vão pra lá junto com um médico bem famoso pela cidade de São Paulo e região
Kelly: - quando disse vocês..-ela começou a formular uma pergunta, mas minha mãe a interrompeu
Clarice: - me referi a você também Kelly-sorriu pra ela que se animou
Kelly: - não acredito-bateu palminhas
Clarice: - pode acreditar meu amor
Sophia: - isso é o máximo, obrigada Danilo-peguei em sua mão e ele deu um sorriso sincero pra mim que soltei sua mão-eu já estava pensando no meu consultório, inclusive o dinheiro que tenho dá pra comprar um e mais uns cinco-rimks
Clarice: - você trabalhou muito lá fora pra ter esse dinheiro, e o dinheiro da pensão do seu pai e que ele ajudou, também ajudou você a ter essa pequena fortuna, você merece filha, por mim você compraria uma casa lá no nosso condominio e deixava esse apartamento pra quando precisasse, sei lá
Sophia: - eu sei mãe, esse ano quero curtir bastante esse ap que meu pai me deixou, ano que vem eu procuro uma casa lá e me mudo, mas por enquanto isso é tudo o que eu preciso
Danilo: - não me importo que vão lá pra casa, se quiserem-deu de ombros
Sophia: - não precisa, obrigada mesmo-agradeci
J.P: - só sei que eu vou pra onde a piralha for e fim de papo-beijou minha bochecha
Sophia: - me ama-rimos

Terminamos de comer em um clima agradavel, já era meia noite, não sei como o Danilo concordou com esse jantar tão tarde, já que ele é tão certinho com os horarios. Assim que eles sairam pela porta me joguei em um sofá, a Kelly no outro e o J.P em cima de mim, sim ele tinha ficado, e se dependesse de mim, ficaria pra sempre.

J.P: - topam uma balada amanhã?-olhou pra mim e pra Kelly
Kelly: - na hora, até porque eu nunca fui em uma balada Brasileira
Sophia: - nem eu
J.P: - eu conheço quase todas em São Paulo
Sophia: - desde quando virou esse playboyzinho que tu ta?
J.P: - não sou playboyzinho, mas depois que o papai se foi e você foi embora, passei a ver o mundo do jeito que você via, alguém tinha que dar trabalho pra mamãe, já que você não tava lá
Sophia: - maluco, mas me conta, como é onde vocês moram?
J.P: - o condominio é grandão, a casa é enorme e linda, o triplo da que a gente morava, e advinha quem mora no mesmo condonimio que eu?
Sophia: - o Luan-fiz cara de tédio e ele de surpreso
J.P: - como sabe?
Sophia: - mamãe que disse
J.P: - ata, ele tem uma irmã bem gostosa
Sophia: - que não é pro seu bico e é mais velha que você
J.P: - não foi o que ela achou no dia que fui no churrasco lá
Sophia: - você pegou a Bruna?-perguntei assustada com sua revelação
J.P: - sim-riu dando de ombros
Kelly: - pega eu também-a oferecida disse
J.P: - na hora-deu um sorriso malicioso pra ela
Sophia: - pode parar, nada de se pegarem enquanto eu estiver aqui
J.P: - ok, mas que tal um filme e muuto chocolate?
Sophia: - já topei, cadê o filme e o chocolate?
J.P: - ta na minha mochila, vou buscar

Ele foi e voltou com muito chocolate e alguns filmes. Escolhemos dois filmes, assisti o primeiro, mas no meio do segundo acabei dormindo, acordei de madrugada e vi que estava em uma cama, fechei os olhos e voltei a dormir.

Acordei no outro dia e olhei as horas, era quase uma da tarde, me levantei arrastada e entrei no meu mini banheiro, olhei nas prateleira e encontrei um roupão, fiz minha higiene e tomei um banho demorado, vesti o roupão e sai do banheiro, vesti uma roupa simples e fui pra sala, somente a Kelly estava acordada e com almoço pronto.

Sophia: - que linda, fez almoço pra gente, o que te deu?
Kelly: - falta do que fazer-rimos
Sophia: - vamos ao shopping agora a tarde?
Kelly: - bora, você sabe que eu não nego shopping
Sophia: - então partiu, o J.P tá dormindo ainda ou você não sabe?
Kelly: - sua mãe ligou e ele foi embora
Sophia: - pegou?-ri da cara que ela fez
Kelly: - peguei, e foi maravilhoso
Sophia: - tá não quero saber essas coisas do meu irmão-dessa vez ela quem riu de mim
Kelly: - vamos almoçar, vem

Nos sentamos na mesa e comemos conversando sobre roupas e hoje a noite! Assim que terminamos lavei a louça já que ela tinha feito o almoço, enquanto ela tomava banho, assim que acabei fui pro meu quarto e troquei de roupa, coloquei um short jeans branco curtinho, uma blusa preta com a carinha do bob esponja e um vans preto no pé, peguei minha bolsa com tudo o que precisava e sai, encontrei a Kelly jogada no sofá.

Sophia: - bora prin folgada
Kelly: - bora amor, sabe o endereço?
Sophia: - sei não, vamos pegar um táxi e a gente pede pro motorista levar a gente em algum
Kelly: - fechou então

Saímos do prédio procurando um táxi e a duas quadra encontramos. Pedi pra ele nos levar até o shopping e ele apenas assentiu nos levando.

Sophia: - obrigada -eu disse depois de pagar e ele me dar um cartãozinho com seu número, caso precisasse

Entramos no shopping e a primeira loja que passamos na frente vi um lindo sapato na vitrine.

Sophia: - eu quero-fiz bico
Kelly: - depois voltamos, vamos ao cinema
Sophia: - não amiga, eu quero agora
Kelly: - deixa de ser birrenta
Sophia: - ta bom chata, assistir o que?
Kelly: - sei lá, qualquer coisa
Sophia: - bora, mas promete que depois vamos voltar?
Kelly: - prometo bebezinha

Seguimos até o cinema e escolhemos Transformers, pegamos um balde grande de pipoca e cada uma um copo de coca cola, na hora certa entramos na sala de cinema e nos ajeitamos na última fileira bem no meio.

Sophia: - já colocou o celular pra vibrar?-perguntei, pois ela sempre se esquecia desse detalhe
Kelly: - eita, esqueci-pegou o celular na mão e fez o que eu disse
Sophia: - maluca-rimos

As luzes se apagaram e começou a passar alguns trailers, estava vidrada na tela quando sentaram ao meu lado, nem olhei, continuei prestando atenção na tela, começamos a comer a pipoca e finalmente começou o filme, ao longo do filme bebi toda bebida e fiquei com vontade de ir ao banheiro.

Sophia: - miga, to apertada-sussurrei pra ela
Kelly: - pra que?
Sophia: - fazer xixi
Kelly: - vai no banheiro, dou pause no filme pra você-ri alto e algumas pessoas me olharam, já que não estava passando nada engraçado no filme
Sophia: - cala a boca-sussurrei controlando a risada
Kelly: - calei
Sophia: vou lá tá?
Kelly: - tá-disse sem me olhar

Esperei alguns minutos e me levantei pra ir ao banheiro, estava olhando pras poltronas de baixo quando tropecei em um pé e cai no colo de alguém, me levantei rapidamente e olhei pra pessoa pedindo desculpa.

Sophia: - desculpa foi sem querer-olhei pra pessoa e vi ser um homem, olhei em seu rosto e..-Luan?
Luan: - Sophia?
Xxx: - da onde vocês se conhecem?-escutei uma voz de mulher e olhei pra mesma que tinha uma cara nada agradável

EITAAA NUES TCHEGUEVARAAA KKKK'
Tudo bem??????
BOM, NOVAMENTE O DESTINO TROMBANDO ESSES DOIS, QUEM SERÁ ESSA MULHER? E O QUE SERÁ QUE ELES VÃO  FALAR?
COMENTEEEEEEM!!!!!!

domingo, 25 de outubro de 2015

Capítulo 20

Acordei desesperada, olhei pro lado e vi que o despertador estava ligado, e que ainda não tinha dado a hora certa pra mim acordar, mas o sono sumiu e eu não sabia o que fazer. Me levantei e fui ao banheiro, tomei um banho bem demorado, lavei o cabelo e me senti mais leve, banho tomado, procurei a roupa que eu tinha separado pra isso e me vesti, estava muito calor no Brasil, e aqui nem tanto, por isso vesti uma calça detona, uma regata, uma blusa de manga longa por cima que depois daria pra tirar. E um coturno no pé. Deixei meus cabelos soltos, passei uma máscara de cílios, um batom nude nos lábios e pronto, sai do quarto e por ser 4h da manhã ninguém ainda tinha acordado, desci em silêncio até a cozinha e preparei meu último café nessa casa. Arrumei toda a mesa, olhei as horas e já era 5h da manhã, escutei o despertador e sai correndo.

Sophia: - que droga, esqueci de desligar

Cheguei no quarto e desliguei o despertador, aproveitei e peguei meu celular, tinha uma mensagem da minha amiga dizendo que já tinha acordado e era pra mim fazer o mesmo que já ela estaria aqui pra tomar café, o que me fez rir. Estava saindo do quarto e dei de cara com a minha tia.

Sophia: - desculpa te acordar tia
Paula: - nossa, mas já está pronta?
Sophia: - acordei era três e pouco desesperada achando que tinha perdido a hora do voo-ri e ela também
Paula: - eu sei o quanto quer voltar, e mesmo querendo que fique eu iria te chamar amor
Sophia: - vamos com a gente tia-abracei ela de lado e começamos a descer as escadas
Paula: - agora não dá, quem sabe daqui uns meses eu vou e passo as férias de final de ano contigo
Sophia: - eu iria adorar-chegamos na cozinha
Paula: - caraca, você fez tudo?
Sophia: - sim, estava sem sono e vim cozinhar pela última vez
Paula: - então vamos comer

Nos soltamos e sentamos, coloquei leite no copo pra mim, e fiz um misto chapado na hora, mas antes que eu pudesse comer escutei a campainha tocar e já até sabia quem era. Me levantei e fui até a porta, abri a mesma e ela já foi entrando, deixou as malas na sala, pagou o taxista e sentou na mesa comendo meu misto.

Sophia: - isso era meu Kelly-falei brava com ela
Kelly: - pra isso serve as amigas, comer as coisas das outras
Sophia: - para de falar merda, se não te largo ai
Kelly: - larga nada, você nem vive mais sem mim
Sophia: - convencida, come em silêncio que é bem melhor viu amiga

Fiz outro misto pra mim e comemos enquanto falavamos de como seria a vida a agora, olhei as horas e estava quase dando seis, subi correndo, escovei os dentes, peguei minhas três malas e levei pro corredor, fiz três viagens já que ninguém quis me ajudar, triste realidade. Colocamos tudo no carro da minha tia, subi e peguei a minha bolsa, desci com ela e já fomos pro carro, seguimos pro aero conversando e rindo das palhaçadas da Kelly, eu estava feliz que a Kelly iria comigo. Conheci ela na faculdade a 6 anos atrás, ela me ajudou a recuperar as materias que eu havia perdido e sempre que tinha trabalho faziamos junto, descobri que ela era brasileira e gostava das mesma coisas que eu, ficamos amigas fácilmente, ela vivia mais na casa da minha tia comigo, do que no ap dela. Quando eu disse que iria voltar pro Brasil, ela se animou e disse que iria comigo.

Sophia: - bom tia, já chamou nosso voo e eu preciso ir, não chora, vou ficar bem prometo, e você já está ótima, mas qualquer coisa me liga que eu venho correndo, só tenho a te agradecer por tudo, por ter me acolhido, por ter me cuidado, e ter me feito ver que a vida é questão de escolhas, e agora eu escolhi ser feliz, obrigada por tudo mesmo, eu amo você-abracei ela que já chorava-não chora, se não eu choro também rm
Paula: - Deus acompanhe, e se Ele quiser, final do ano to lá, na sua casa e ai você vai me levar pras baladas
Sophia: - você tem 38 anos, ainda ta em tempo de viver muitoooo, e quando você for pra lá vou te mostrar o que o Brasil tem de melhor, os homens-nós três rimos
Paula: - maluca, vai lá estão chamando novamente
Sophia: - deixei umas roupas minhas, só pra você não morrer de saudade, quando for pro Brasil leva embora em
Paula: - pode deixar

Dei mais um abraço nela, a Kelly se despediu e seguimos até o portão de embarque.

Estava sentada na minha poltrona na janela, o avião já estava no ar e eu estava desesperada, eu queria muito fazer xixi, mas o medo era maior. Resolvi tentar dormir, mas teve uma hora que foi impossível segurar, me levantei e praticamente corri até o toalhete, bati na porta e estava ocupado, assim que o moço saiu, nem o olhei, apenas empurrei ele um pouco pro lado e entrei no banheiro.

Xxx: - sem educação-falou baixo perto da porta
Sophia: - me desculpa, é que eu estava muito apertada-falei de dentro do banheiro, ele deu um tapinha na porta e em seguida tuso ficou em silêncio

Fiz meu xixi, e comecei a me preparar pra ir ao banheiro agora, só quando chegar no Brasil, sai do banheiro enxugando a mão na roupa e voltei pra minha poltrona, a Kelly estava quase roncando de boca aberta, resolvi dormir, me deitei meio de lado na poltrona que era como eu dormia na cama e consegui dormir. Acordei com alguém me cutucando, abri os olhos e vi que era a aeromoça.

Xxx: - desculpa acordar a senhorita, mas vamos pousar e preciso que aperte o cinto
Sophia: - ah sem problemas, obrigada

Fiz o que ela pediu, olhei pro lado e a Kelly estava com o cinto apertado, mas continuava dormindo, me ajeitei no banco e fiquei esperando a famosa turbulência para o pouso e ela logo aconteceu.

Desci do avião, puxei minha amiga e corri pro banheiro, estava muito apertada. Fiz minhas higienes, e assim que ia saindo do banheiro tromei com alguém e com a força fui ao chão.

Sophia: - mas que droga-falei irritada
Xxx: - desculpa moça-esticou a mão pra mim, olhei da sua mão até seu rosto e me surpreendi
Sophia: - zangão-falei baixo, mas o suficiente pra ele ouvir, ele me olhou nos olhos e fez uma cara surpresa
Xxx: - pixuquinha?-peguei em sua mão e levantei
Sophia: - você..-tentei formular, alguma frase, impossível, levei minha mão ao seu rosto e alisei sua barba, ele fechou os olhos e apertou minha mão que ainda segurava a sua
Kelly: - precisamos ir, sua mãe ligou, disse que está ai na frente, não achou lugar pra estacionar e só pode ficar lá 5 minutos e precisamos pegar nossas malas, vem-ela disse apressada e me puxou
Luan: - espera, eu..-ele começou, mas não ouvi mais nada

Pegamos nossa mala e fomos até o carro, guardamos as malas e saimos dali.

Clarice: - o que foi? Me parece feliz, mas pensativa
Sophia: - eu acabei de vê-lo
Clarice: - quem?
Sophia: - o Luan, ele está mais homem, com barba no rosto, está lindo, mas continua o meu Luan, pena que a Kelly fez questão de estragar o encontro
Clarice: - moramos no mesmo condominio que ele
Sophia: - sério isso?
Clarice: - super vi ele esses dias o J.P sabe onde ele mora, esses dias ele foi lá em um churrasco
Sophia: - Como assim J.P é amigo do Luan e eu não sabia disso?
Clarice: - faz tempo que ele descobriu onde o Luan mora, mas só semana passada que eles se encontraram no mercado e o Luan chamou ele pro churrasco, mas seu irmão não disse nada sobre você, e ele disse que o Luan também não perguntou
Sophia: - e agora? Como vou viver aqui?
Clarice: - eu disse que eu moro no condomínio dele, você não, você mora uns 40 minutos de lá
Sophia: - ah-suspirei
Clarice: - semana que vem tem show dele aqui em São Paulo, a gente vai
Sophia: - como assim a gente?
Clarice: - o Danilo é um dos contratantes, temos um camarote, vamos todos, eu, o Danilo, o J.P, você e a Kelly
Kelly: - eba, adorei
Sophia: - não vou precisar ir ao camarim não né?
Clarice: - só se você quiser
Sophia: - ta, na hora eu decido, agora toca pra minha casa que to anciosa pra conhecer meu ap que meu pai deixou

Seguimos caminho e quando ela parou em um prédio fiquei admirada, era simplesmente lindo, conversou rapidamente com o porteiro que liberou nossa entrada, fomos pro estacionamento, peguei duas malas, a Kelly pegou as duas dela e minha mãe pegou a minha outra mala, subimos pelo elevador e quando parou descemos e seguimos pelo corredor, paramos na porta 87, ela rodou a chave e abriu a porta, me surpreendi quando entramos e estava tudo arrumado, tudo como um dia eu imaginei. Não segurei as lágrimas e chorei, andei pela sala e do lado da TV tinha uma foto minha com meu pai em tamanho real, achei tão lindo, olhei pro lado, tinha um balcão e a cozinha.

Sophia: - mãe-resmunguei soluçando
Clarice: - tudo já estava assim, a única coisa que mudei foi os eletrodomésticos e coloquei essa foto ai, mas foi só pra você ver mesmo ela vai pro seu quarto
Sophia: - é tudo tão lindo
Clarice: - tem três quartos, dois é suite, o outro é normal e tem um banheiro no corredor, arrumamos todos os quartos e quando o J.P sair com vocês dá pra ele dormir aqui
Sophia: - se ele não ficar de empata foda ta tudo certo-ri pelo nariz limpando as lágrimas
Clarice: - é capaz de isso aqui virar orgia, seu irmão é um homem que tem necessidades igual diz ele
Sophia: - e cadê ele?
Clarice: - vai no seu quarto-sussurrou pra mim
J.P: - POXA MÃE, NÃO ERA PRA CONTAR-ele gritou e saiu do quarto
Sophia: - ai que saudade piralho não tão piralho assim-pulei em seu colo e ele me segurou me tirando do chão
J.P: - saudade xarope
Sophia: - você ta muito gostoso, se você não fosse meu irmão juro que eu te pegava
J.P: - to malhando maninha
Sophia: - também quero, fiquei uma semana já sem treinar
J.P: - depois te levo lá pra você se inscrever e a gente vai junto-me colocou no chão e me abraçou de lado-mas me diz, essa gostosa que é a Kelly?-perguntou baixinho
Sophia: - sim e sossega o rabo que ela não é pro seu bico-respondi da mesma forma
J.P: - credo amorzinho, é só uma pentada-fez bico
Sophia: - vem morar aqui-mudei de assunto
J.P: - vou, mas não conta pra mamãe, já até organizei o quarto de hospedi daqui, depois vou trazendo minhas coisas aos poucos-rimos
Sophia: - eba, segredo, vem

OIIEEEEE AMORES! CHEGAAAAY!!! REENCONTROOOS KKKKK

sábado, 24 de outubro de 2015

Capítulo 19

Eu estava tão nervosa, não sabia se ele iria querer falar comigo, não sabia se a família dele iria me receber bem, não sabia de nada, eu estava muito insegura em relação a isso, assim que ele estacionou na frente da casa, fiquei olhando e vi que uma mulher varria o quintal. Eu não a conhecia.

Sophia: - o senhor espera um pouco?-pedi ao motorista
XxX: - claro, o tempo que for necessário
Sophia: - obrigada

Desci do carro e me aproximei daquela mulher, olhava seus traços e tentava reconhecer, mas isso não aconteceu, eu realmente não a conhecia.

Sophia: - com licença-chamei sua atenção e ela me olhou
XxX: - olá, posso ajudar?-disse educada
Sophia: - tem alguém da família Santana aí, precisava falar com o Luan ou com algum deles
XxX : - a senhorita não está sabendo?-me olhou nos olhos
Sophia: - sabendo o que?
XxX: - a família Santana se mudou, eles não moram mais aqui, eles vão manter a casa, mas não irão mais morar aqui-meu peito doeu
Sophia: - como isso?-perguntei com a voz falha e a olhei
XxX: - parece que o Luan, o filho do senhor Amarildo teve alguns problemas aqui e ele precisava esquecer
Sophia: - pra onde eles foram?
XxX: - Londrina, Paraná
Sophia: - obrigada-sorri pra ela

Voltei pro carro em êxtase, meu peito estava doendo tanto, o choro já estava preso na garganta, sentei no banco de trás e apenas consegui dizer o endereço de casa, assim que ele se dirigiu pra fora da casa, comecei a chorar, eu o perdi.

******

Sophia: - acho que hoje vai chover-eu disse olhando o céu nublado
Davi: - também acho, o tempo ta estranho, mudou de uma hora pra outra-ele disse devagar
Sophia: - você está bem?-o olhei
Davi: - sim, apenas aquela falta de ar que está me incomodando um pouco
Sophia: - quer que eu faça algo?
Davi: - toca um pouco de piano pra mim
Sophia: - sério?
Davi: - sim, vai lá
Sophia: - ta bom, to indo-me levantei, mas ele me impediu de seguir-o que foi?
Davi: - eu amo você filha, eternamente-disse com a voz falha e meus olhos lágrimejaram
Sophia: - não faz isso-acariciei seus cabelos
Davi: - eu vou ficar bem, prometo, mas quero te ouvir tocar
Sophia: - quer entrar?-respirei fundo
Davi: - não, eu to bem aqui-beijou a minha mão
Sophia: - te amo, pra sempre-beijei sua testa

Segui até o piano velho que tinha perto da sala e comecei a tocar pra ele, assim que a música acabou me levantei e de longe vi que o copo de água que estava ao seu lado, agora estava caído no chão e toda a água derramada, meu peito sofreu um aperto que não consegui explicar, eu sabia que ele tinha ido embora, mas não queria aceitar.

Me sentei no chão e fiquei olhando ele de costa pra mim, conseguia apenas ver sua mão esquerda que não se movimentava mais. Comecei a chorar sem parar e não conseguia pensar o que fazer. Me levantei e me aproximei dele, toquei seu pulso e um trovão veio junto com a confirmação de que ele se foi.

Corri até o telefone e liguei pra minha mãe, em seguida pra emergência, em menos de cinco minutos eles chegaram, fizeram todos os primeiros socorros ali mesmo, tentaram de tudo, mas de nada adiantou.

XxX: - eu sinto muito-o socorrista disse me olhando

Eu não sabia o que fazer, eu era apenas uma menina de 17 que acabará de perder o pai.

XxX: - não tem mais ninguém ai?-ele perguntou
Sophia: - não, mas minha mãe já está vindo pra cá, ela vai arrumar tudo certinho

******

Clarice: - Sophia-escutei a voz da minha mãe, levantei a cabeça e vi ela, corri pro seus braços e ali chorei-eu disse que ia acontecer
Sophia: - eu já sabia, mas não queria acreditar que isso realmente iria acontecer
Clarice: - não fica assim, vem cá-me levou até o sofá e me deitei em seu colo
Sophia: - ele se despediu, ele me pediu pra tocar, mas antes se despediu, disse que me ama eternamente
Clarice: - e ele disse apenas a verdade, ele ama você, sempre vai amar
Sophia: - quem está organizando tudo?
Clarice: - o Danilo, já está tudo organizado, só precisa de uma última peça de roupa
Sophia: - vou pegar, pera ai

Me levantei e fui até seu quarto, abri o guarda-roupas e não aguentei e chorei muito mais. Peguei um terno que ele amava e dizia que era muito especial, pois foi o terno que ele se casou com a minha mãe, entreguei a ela que não conseguiu segurar as lágrimas e choramos juntas.

Ela logo se foi e eu fiquei ali sentada no chão da sala lembrando de todos os nossos momentos nesse último mês que passamos sozinhos. Tomei um banho rápido, e vesti um vestidinho qualquer. Prendi o cabelo em um rabo de cavalo e me sentei na varanda esperando minha mãe vir me buscar o que não demorou pra acontecer.

Passei a noite toda ao lado do caixão, pra mim um minuto sem estar ao lado dele seria um minuto a menos de despedida. Quando o velório estava quase acabando o Luan entrou na igreja, veio até o caixão, fez uma oração e em seguida veio até mim, me levantou da cadeira e me abraçou, me permiti chorar naquele abraço.

Luan: - ele lutou por vocês, você sabe disso, ele amava e ainda ama você, ele se foi desse mundo, mas pra sempre ele será seu anjo, fica bem ta?-me deu um beijo na testa e se afastou
Sophia: - não vai, por favor, fica comigo-o abracei novamente
Luan: - tem mais gente querendo falar com você, vou ao banheiro e volto-novamente se afastou
Sophia: - promete?
Luan: - eu já volto-disse fugindo da promessa

Sabia que ele não voltaria, e saber disso me fez chorar ainda mais, cumprimentei todos que vieram falar comigo e continuei ali até o padre vir fazer toda a oração. Assim que fecharam o caixão me desesperei e tive que tomar um calmante, foi tudo muito triste, o J.P ficou poucos minutos ali, ele estava muito triste e não conseguiu ficar muito tempo ali.

Quando o enterro terminou fiquei ali por mais um tempo, até minha mãe me arrastar pra casa, tirei a minha roupa e tomei um banho gelado, assim que sai meu irmão estava comendo, meu padrasto também e minha mãe estava apenas sentada na mesa e ao seu lado um prato vazio.

Clarice: - vem comer Sophia
Sophia: - não estou com fome-neguei sentindo meus olhos lagrimejarem
Clarice: - você precisa comer filha-neguei
Sophia: - não, eu só preciso dormir, amanhã eu como

Fui pro quarto antes que ela reclamasse, me deitei e com o calmante que eu tinha tomado consegui dormir rapidamente.

Os dias foram se passando, minha mãe foi embora com o Danilo e o J.P já eu fiquei pra arrumar toda a casa, eu iria voltar e queria deixar a casa toda arrumada. Estava arrumando algumas caixas que tinha no quarto do meu pai, e dentro tinha uma linda caixinha de música, abri a mesma e ali tinha uma carta, abri e vi meu nome no começo.

"Querida Sophia!
Se você está lendo essa carta agora, é porque eu já partir dessa vida, eu sei que chorar e ficar triste vai ser inevitavél, mas quero que saiba que eu estou bem, muito melhor do que estava ai, a falta de ar, a dor no peito, os enjoos não me incomodam mais, nada disso veio comigo pra onde estou agora. Vim por meio dessa carta que está registrada em cartório, pra que você saiba que o apartamento que tenho em São Paulo passei pro seu nome, a chave está no fundo da caixinha onde encontrou a carta, essa casa passei pro nome do João Pedro, ele amou vim morar aqui de frente do lado e sei que quando ele estiver maior ele vai querer passar as férias aqui, na minha conta no banco, tem uma boa quantia em dinheiro, e o advogado já sabe que é pra dividir entre você e o João. A saudade é uma dor muito forte, mas que você não sentirá, pois estarei sempre ao seu lado, guiando todos os seus passos, todos os seus caminhos, obrigada filha por ter passado todo esse tempo comigo, mesmo no começo não querendo, por ter cuidado de mim quando descobriu a minha doença, e por nunca ter deixado de apertar minha mão e dizer que eu iria ficar bem. Se está sentindo minha falta, toque um pouco do piano, sempre que tocar eu estarei pendurado no mesmo olhando você tocar! Não tenha medo de amar, corra atrás da sua felicidade e seja feliz, se por acaso você cair, eu te levanto. Amor além da vida! Eu amo você meu tesouro, pra sempre!!!
Seu Pai, Davi!"

As lágrimas desceram mesmo sem permissão, peguei a caixinha e no fundo dela tinha um chaveiro com algumas chaves, peguei o mesmo na mão e guardei no bolso do short. Continuei minha faxina e quando finalmente acabei, arrumei tudo o que eu levaria pra casa e deixei na sala, tomei um banho e me troquei, logo o carro da minha mãe estacionou em frente de casa, nos cumprimentamos e guardamos tudo no carro.

Sophia: - meu pai me deu um apartamento em São Paulo-eu disse enquanto seguiamos caminho
Clarice: - como assim?
Sophia: - ele disse que tinha um ap lá, ele deixou essa casa pro J.P e o apartamento pra mim
Clarice: - e você pretende ir pra lá?
Sophia: - tava pensando em ir pra Austrália passar um tempo longe daqui com a tia Paula, cuidar dela
Clarice: - sua tia não está bem, e ela pode falecer, vai ser demais pra você meu amor
Sophia: - ela não vai morrer, eu vou cuidar dela, já pesquisei sobre pneumonia e sei tudo como ajuda-lá, vou tentar entrar em uma faculdade de Medicina de lá
Clarice: - sério?-me olhou com os olhinhos brilhando
Sophia: - vou tentar, se eu ver que não é pra mim eu saio
Clarice: - vou falar com ela, tenho certeza que ela vai amar ter você lá
Sophia: - eu vou amar ir pra lá-dei um sorriso triste pra ela
Clarice: - fica calma, tudo vai se resolver-acariciou meus cabelos e voltou a prestar atenção na estrada

Deitei a cabeça no vidro e dormi o resto do caminho todo. Assim que chegamos em casa, contei sobre o papai ter deixado a casa pra ele e ele se animou um pouco. Minha mãe falou com a minha tia que concordou na hora sobre eu ir pra lá, resolvemos tudo e daqui duas semanas eu iria.

...6 anos depois...

ELE MORREU, QUE TRISTE!
LUAN FOI NO VELÓRIO!!!
UII, 6 ANOS SE ASSARAM, EITA NÓIS

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Capítulo 18

Luan narrando
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Peguei o meu carro e sai dali indo pra algum lugar que não tivesse ninguém ali, parei em uma rua deserta e deixei que toda a dor que eu estava sentindo saisse pelos meus olhos. Nunca tinha doído tanto perder alguém na minha vida, nunca tinha sentido essa dor. Meu celular começou a tocar insistentemente, rapidamente peguei pensando ser ela, mas me enganei ao ver o nome do Rober na tela, encerrei a chamada e desliguei meu celular. Afundei a cabeça no volante e ali fiquei por horas e horas. Todo meu corpo doía, era como se alguém tivesse me dado uma surra e tivesse tirado todo o meu ar. Levantei a cabeça e vi que começava a escurecer, liguei o carro e dirigi até em casa, cheguei lá e a Bruna estava jogada no sofá assistindo tv, minha mãe estava sentado no outro e meu pai na mesa de jantar assinando uns papéis, os três me olharam e assim que viram minha cara os três vieram até mim o que me fez desabar no colo da minha família.
.
Marizete: - o que aconteceu Luan?
Luan: - acabou mãe-me joguei no chão e os três se agacharam perto de mim
Bruna: - o que acabou?
Luan: - meu rolo com a Sophia, tudo acabou, tudo, ta doendo demais
Amarildo: - por que? Vocês são tão apaixonados
Luan: - o pai da Sophia não é o culpado pelo incendio da igreja, e eu sabia disso o tempo todo
Amarildo: - como assim?
Luan: - o culpado de tudo foi o Maicon e a turma dele, eles colocaram fogo lá, e o Rober estava lá e me contou tudo, o Davi se culpava muito, e eu vi o quanto isso doía nele e na Sophia, eu tentei fazer o Rober contar, mas só hoje ele topou, e a Sophia escutou tudo e acabou com tudo que tinhamos
Marizete: - oh meu Deus, você não teve culpa de nada filho
Luan: - eu devia ter contado pelo menos pra ela, eu devia, mas eu não fiz, estraguei a melhor coisa que aconteceu na minha vida
Bruna: - não fica assim piroco, odeio te ver chorar-ela me abraçou-vai ficar tudo bem
Luan: - obrigada, obrigada mesmo, agora eu só preciso ficar sozinho
Marizete: - isso só vai ser pior pra você, vamos assistir um filme, você canta pra gente
Luan: - quero não, vou subir pro meu quarto pra tomar um banho
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Me levantei do chão e subi rapidamente antes que eles me impedissem. Cheguei no meu quarto, tirei toda a roupa e entrei no banheiro, liguei o chuveiro e fui pra de baixo dele com a esperança de que ele levasse toda minha dor ralo a a baixo, tentativa falha.
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Sophia narrando
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Entrei correndo e fui direto pro meu quarto, meu pai bateu na porta, mas o ignorei e só sai quando meu celular apitou avisando que estava na hora do remédio do meu pai, sai do quarto e o encontrei sentado no sofá assistindo tv.
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Davi: - pensei que não ia mais sair dai-ele disse me olhando-você está acabada
Sophia: - só sai porque tenho que te dar o seu remédio
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Fui até o quarto dele olhei a caixa dos remédios dele e peguei o certo, voltei pra sala e dei pra ele tomar.
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Sophia: - já já o enfermeiro vem aplicar o outro remédio-avisei
Davi: - agora é só uma vez por dia né?
Sophia: - sim, só uma, acho que amanhã o enfermeiro nem vai vim, eu já aprendi como aplica
Davi: - aprendeu mesmo?-me olhou querendo rir
Sophia: - não, to dizendo isso só pra te furar inteiro-comecei a rir e ele fez o mesmo
Davi: - e você e o Luan?
Sophia: - não existe eu e Luan pai-falei séria
Davi: - para de bobeira Sophia, vocês se gostam, não tem motivo pra vocês se separarem, ele mesmo me disse que já fazia dias que estava pressionando o Roberval a contar, e ele está certo, quem deveria me contar era o Roberval e não o Luan
Sophia: - não é bobeira pai, e a gente não se separou até porque não tinhamos nada, beleza que o Roberval que tinha que te contar, mas o Luan deveria ter me contado, ele viu o quanto eu estava triste vendo você sofrer com essa culpa que não era sua, ele viu tudo pai e não disse nada
Davi: - filha você merece ser feliz com alguém que goste de você
Sophia: - sim, e alguém que não minta pra mim
Davi: - ele não mentiu, ele omitiu
Sophia: - se eu não tivesse escutado a conversa você não me contaria nada não é mesmo?
Davi: - eu não iria contar, até porque o Luan iria fazer isso assim que você voltasse
Sophia: - não iria não, porque ele é um frouxo
Davi: - você está sendo injusta com ele, e quando perceber isso vai ser tarde demais
Sophia: - que seja pai, que seja
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O enfermeiro chegou e dessa vez me pediu pra aplicar o remédio, fiz tudo certinho e sozinha, ele disse que fiz tudo certo e avisou que não viria mais, caso precisasse era só avisar a doutora Elaine que ela o avisa pra voltar a vim. Assim que ele saiu,levei meu pai ao quarto dele, conversamos por bastante tempo até que ele finalmente dormiu. Fiz uma janta pra mim e depois de um banho, jantei e me deitei pra dormir, mas foi praticamente impossível, tudo ue me vinha na cabeça era o Luan e tudo o que ele fez, me virei de lado na cama,e no chão perto da minha cama vi uma camiseta, peguei na mão e vi que era dele, coloquei de baixo do travesseiro e finalmente consegui dormir.
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Estava destruída, parecia que um trator passou por cima de mim e me estraçalhou inteira, acordei e fui direto tomar um banho, precisava acordar e ficar firme, essa é vida repleta de obstáculos, e nós temos que aprender passar por todos eles de cabeça erguida, eu sei que estava dificil, mas eu comseguiria.
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Peguei dinheiro e fui até a padaria comprar pão, voltei e meu pai ainda dormia, preparei todo o café da manhã dele que era um pouco diferente e mais saudável que o meu. Comi tudo o que preparei pra mim e me sentei na sala pra assistir, meu celular começou a tocar insistentemente, fui até o quarto e o peguei olhei a tela e o Luan me ligava, recusei a chamada, mas ele continuou insistindo até ele ligar pela vigésima vez e eu não atender. Ele começou a lotar meu celular de mensagens minha única reação foi ignora-las, chegou uma última mensagem e parou, peguei meu celular e a mensagem dizia.
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*Luan: Me perdoe, eu errei, eu sei que nada nesse momento justifica, você pelo jeito não vai mudar sua decisão, só queria que soubesse que eu te amo e que nunca vou amar novamente, porque vai ser sempre você. Vou te deixar em paz, tentar seguir o meu caminho sem você ao meu lado, com a certeza de que um dia você será minha novamente. Beijo!
PS: Eu Te Amo Demais!*
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Chorei um pouco com sua mensagem, mas não o respondi, deixei tudo exatamente como estava, meu choro cessou com o toque to meu celular novamente, peguei e vi que era minha mãe. Começamos a conversar, ela perguntou do Luan e eu contei pra ela toda história, e assim como meu pai ela me disse que eu estava sendo injusta com ele, resolvi terminar logo aquela conversa e inventei uma desculpa qualquer e desliguei o celular.
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Fui até o lago e me sentei ali na grama mesmo olhando aquela água, me lembrei do Luan, das vezes que viemos aqui, das vezes que ele estava triste e vinha pra cá, eu sempre sentia que algo estava errado e saia na varanda de casa dando de cara com ele sentado na grama olhando pra água. Será que eu realmente fiz o certo ou será que meu pai e minha mãe tinham razão eu estava sendo injusta?
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Antes que eu quebrasse minha cabeça com essa pergunta, meu celular apitou avisando que estava na hora do remédio do meu pai, me levantei e voltei pra casa, o encontrei sentado na mesa tomando o café dele.
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Sophia: - bom dia-beijei sua bochecha
Davi: - bom dia pra mim, já pra você eu não sei não-negou com a cabeça
Sophia: - vou te dar seu remédio e ir falar com a doutora Elaine, eu iria ontem né, mas nada saiu como planejei
Davi: - pode ir tranquila, eu sei me cuidar sozinho
Sophia: - sabe nada
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Fui até o quarto dele e peguei o remédio, entreguei pra ele que bebeu com o suco e voltou a comer.
.
Duas semanas se passaram e nunca mais o Luan me ligue ou mandou mensagem, a ficha começou a cair e a dor de ter o perdido começou a doer.
.
Estava sentada na varanda com o meu pai, ele falava por mim e por ele, já eu estava quieta e pensante.
.
Davi: - então o que você acha?-ele disse animado
Sophia: - que?-o olhei
Davi: - o que você acha?
Sophia: - sobre o que?
Davi: - sobre ir morar em São Paulo em um ap que tenho lá
Sophia: - ah, não sei
Davi: - filha tá com a cabeça onde?
Sophia: - no Luan-me virei de lado-pai você acha que eu fui injusta?
Davi: - sim, eu acho, o Luan mudou o jeito garanhão de ser, assim que vocês descobriram o meu estado de saúde ele estava aqui, te apoiando, te dando forças, ajudou o seu irmão a terminar a reforma ada igreja, ele deixou de viver a vida dele pra viver a sua ao seu lado, ele é novo, faz burradas, mas essa não foi uma delas, ele nem estava lá na hora que tudo aconteceu, ficou sabendo porque o Roberval o contou, ele não tinha o direito de entregar um amigo assim, isso se chama lealdade e não traição, você está perdendo uma pessoa que te ama, por motivos bobos, não faça isso filha, vai atrás dele
Sophia: - tá bom, você venceu, eu vou procura-lo
Davi: - ae-bateu palmas
Sophia: - vai logo antes que seja tarde demais
Davi: - pera, primeiro eu vou ligar
.
Entrei pra dentro, peguei meu celular e liguei, mas só estava dando fora de área, corri no banheiro tomei um banho rápido, voltei pro quarto e escolhi um vestido soltinho, me troquei, soltei os cabelos, peguei minha bolsa e coloquei dinheiro ali dentro. Assim que apareci na porta meu pai me olhou e começou a zuar .
.
Sophia: - paro pai, to indo-beijei sua bochecha
Davi: - vai de que?
Sophia: - táxi
Davi: - vai com Deus e boa sorte, não se preocupe em voltar cedo, meu próximo remédio é só de noite e eu sei me virar sozinho aqui
Sophia: - tá bom senhor sei me virar sozinho, estou indo
.
Segui até um ponto de táxi que tinha ali perto de casa e peguei um que tinha ali parado, dei o endereço e seguimos caminho.

HUMM, O QUE VAI ACONTECER HEIN?
OLAAA!

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Capítulo 17

Acordei com minha mãe me balançando, abri os olhos e a olhei.

Clarice: - levanta, quero falar contigo
Sophia: - sobre?-a olhei
Clarice: - vai tomar um banho, lavar esse rosto e conversamos
Sophia: - papai já acordou?
Clarice: - ainda não, daqui a pouco ele acorda e tem outro remédio pra tomar
Sophia: - é, eu sei, meu celular ia despertar daqui uns minutos
Clarice: - então, vai lá filha
Sophia: - ta bom

Me levantei e fui até o banheiro, fiz minha higiene, lavei o rosto, tomei um banho um tanto demorado, fui pro quarto de toalha, peguei uma roupa, olhei e o J.P estava de costa pra mim e com a cabeça meio coberta, peguei minha roupa e me troquei ali mesmo rapidamente, sai e procurei minha mãe pela casa, não encontrei, sai na varanda e vi que ela estava no lago, observando a água meio cristalina. Me aproximei dela e ela percebeu que eu estava ali.

Clarice: - que demora hein moça
Sophia: - desculpa, me empolguei no banho-ri
Clarice: - percebi
Sophia: - o que quer mãe?
Clarice: - Sophia tem certeza que quer ficar?
Sophia: - de novo isso dona Clarice?
Clarice: - Sophia, seu pai não vai resistir a muito tempo, ainda mais agora que vai diminuir os medicamentos
Sophia: - eu sei disso, eu sei de..-ela me interrompeu
Clarice: - ELA VAI MORRER-gritou comigo e nunca, ouvir que ele vai morrer me doeu tanto
Sophia: - eu sei, mas ele precisa de mim, ele precisa
Clarice: - você vai ampara-lo e quem vai amparar você? Quem vai tirar essa dor de ti? Quem vai te dar a mão?
Sophia: - eu consigo sozinha mãe, eu sei que consigo, ele precisa de mim, ele só tem a mim
Clarice: - você tem umas tias, uns tios, você pode..-a interrompi
Sophia: - NÃO, NÃO, NÃO-gritei com ela sentindo minhas lágrimas escorrerem-eu passei toda a minhas férias de final e começo de ano com meu pai, e ele não recebeu uma ligação se quer de algum irmão, de alguma irmã, nada, ele não tem ninguém, só eu
Clarice: - você vai sofrer, eu não quero te ver sofrer-ela chorou
Sophia: - é por ele mãe, você não tem noção como eu o tratei nessas férias, em como eu me comportava, como eu falava com ele, eu fui injusta, fui fria, fui desumana com ele, eu preciso fazer algo agora, assim como eu faria se fosse você-alisei seu rosto limpando as lágrimas dela e ela fez o mesmo limpando as minhas lágrimas
Clarice: - eu amo você e só quero o seu bem
Sophia: - eu sei que sim, e eu também te amo-abracei ela
Clarice: - vamos voltar, já está na hora do remédio do seu pai
Sophia: - vamos lá

Voltamos pra casa abraçadas, mas podia sentir minha mãe pensativa, com medo. Entramos e fui direto ao quarto do meu pai, ele estava acordado olhando o teto, me aproximei e deitei ao seu lado.

Sophia: - bom dia amorzinho
Davi: - bom dia princesa, dormiu bem?
Sophia: - sim e você?
Davi: - to bem
Sophia: - bora tomar o remédio e a minha mãe vai trazer seu café da manhã-me levantei e peguei a caixinha de remédios
Davi: - queria te perguntar uma cousa
Sophia: - pode falar pai-falei concentrada pegando o remédio
Davi: - você vai embora com a sua mãe?

Peguei um copo de água dei o comprimido pra ele e me sentei ao seu lado novamente.

Sophia: - não pai, eu não vou, eu vou ficar aqui e cuidar de você
Davi: - filha, eu vou mor..-o interrompi
Sophia: - chega, eu estou cansada de todo mundo dizendo que você vai morrer, eu sei disso e não estou me importando, eu vou cuidar de você e ponto final
Davi: - ta bom, obrigada por isso
Sophia: - obrigada você por tudo que fez por mim, agora vamos comer né?
Davi: - com certeza, estou com fome
Sophia: - ta pera ai

Fui até a cozinha e peguei o café dele em seguida fui pra sala novamente, alguns minutos depois ele apareceu na sala com a bandeja, deixou no balcão da cozinha e sentou no sofá. O J.P fez de tudo pra não levantar, pois sabia que iria embora, e não teve escolha. O Luan chegou em casa com uma única rosa vermelha e me entregou, me deu um selinho e foi cumprimentar meu pai. Passamos quase toda a manhã ali, até o Danilo chegar pra buscar o J.P e minha mãe. Conversei com ele rapidamente, apresente o Luan, ele conheceu meu pai, se falaram rapido. Meu pai entrou pra dentro de casa e chamou meu irmão, deixamos os dois lá, quando eles sairam de lá, o João chorava muito, se despediu de mim e do Luan e foi pro carro. Falei rapidamente com a minha mãe e eles se foram.

Sophia: - Luan de tarde vou ter que ir no hospital, você fica com meu pai?
Luan: - claro que sim pixuquinha, agora preciso ir lá na oficina, preciso falar com o Rober
Sophia: - parou de trabalhar mesmo hein?
Luan: - eu não parei, apenas dei um tempo, meu pai ta me ajudando com a grana do cd
Sophia: - então ta né?
Luan: - vou lá e já volto
Sophia: - ta bom zangão

Aproveitei que meu pai tinha entrado e dei um beijo no Luan, um beijo delicioso, cheio de carinho, sem malicia.

Sophia: - eu amo você
Luan: - e eu amo você-me deu um beijinho de esquimó em seguida se afastou indo em direção ao carro dele

Luan narrando

Dirigi pensando em uma maneira de fazer esse pedido ao Roberval, sabia que não seria facil, mas o Testa tinha que topar. Assim que cheguei lá vi ele do lado de fora olhando o motor de um carro, me aproximei e me escorrei no carro, ele me olhou e se indireitou.

Luan: - por favor cara
Rober: - você sabe que vai dar merda né?
Luan: - ele está em estado terminal, ele não pode morrer se culpando por algo que não fez
Rober: - tudo bem, mas é por você
Luan: - valeu cara, obrigada de verdade

Sophia narrando

O Luan não se demorou, ainda bem, fiz nosso almoço, macarrão ao molho branco e carne frita. Almoçamos conversando sobre coisas banais, o tal enfermeiro que a doutora ia mandar chegou viu se estava tudo certinho, me ensinou algumas coisas e foi embora. Tomei um banho rápido, me vesti, arrumei minha bolsa e fui até os dois homens presentes na sala que estavam vidrados em um jogo de futebol que estava passando na tv.

Sophia: - ei vocês dois, to saindo hein, juízo
Davi: - vai onde?
Sophia: - no hospital, tenho algumas coisas pra conversar com a doutora, mas logo ru volto-beijei sua testa-cuida dele ta?-sussurrei só pro Luan
Luan: - pode deixar, vou cuidar direitinho, se cuida-me deu um beijo rápido
Sophia: - te amo
Luan: - te amo-respondeu sorrindo

Sai dali de casa e segui minha caminhada até o ponto de onibus, mas assim que mexi na bolsa pra pegar o dinheiro pra pagar o onibus, me lembrei que deixei a carteira em cima da cama. Voltei correndo pra casa, mas me surpreendi ao ouvir o começo de uma conversa do Luan com meu pai, fiquei escondida, apenas escutando.

Luan: - bom Davi, eu trouxe o Rober aqui pra te contar uma coisa
Davi: - que coisa?
Rober: - contar que não foi o senhor que colocou fogo na igreja
Davi: - e quem foi?
Rober: - eu, o Luan e mais dois amigos estavamos pertos da igreja, conversando e pegando umas garotas, quando o Maicon chegou com a galera dele, o Luan se despediu e foi embora, começamos a beber e brincar com fogo, vimos quando o senhor chegou na igreja, o Maicon jogou uma garrafa com fogo lá dentro pela janela que estava aberta e em seguida alcool, o senhor estava desacordado e por estar na igreja foi o culpado pelo incendio já que a policia nunca investigou realmente o caso
Davi: - então não foi eu?-ele parecia aliviado
Rober: - não, mas não se preocupa senhor, vamos sair daqui direto pra delegacia
Davi: - não, ninguém vai a delegacia, vamos deixar isso como está
Luan: - mas eles pensam que foi você-disse indignado
Davi: - e vão continuar pensando, deixa por isso mesmo
Luan: - obrigada
Rober: - obrigada

Eu já não aguentava ouvir uma palavra se quer, apareci na porta sem conter minhas lágrimas e joguei minha bolsa no chão. O Luan me olhou e apenas neguei com a cabeça saindo dali e indo direto pro lago.

Luan: - Sophia por favor me escuta
Sophia: - não-neguei
Luan: - por favor me escuta, eu não podia dizer nada, eu nem estava lá na hora, isso era coisa do Testa
Sophia: - você me enganou, você é um monstro, sem coração
Luan: - não diz isso, você sabe que eu não sou assim
Sophia: -como você pode? Você viu como ele estava, você viu como ele se sentia culpado-falei chorando
Luan: -não tinha nada a ver comigo Sophia, ele tinha que contar, eu fiquei pressionando ele pra contar, e somente agora consegui-tentou se aproximar e soquei seu peito
Sophia: -não vem tirando o seu da reta, você é apenas um muleque, eu não devia ter me envolvido com você, como fui burra, me deixei levar por você, idiota-distribui vários socos em seu peito e ele segurou meus braços
Luan: -não faz isso comigo, por favor me perdoa
Sophia: -eu quero distancia de você, distância, sabe aquele amor? Acabou de morrer, agora faz o favor, some da minha frente, some daqui, some da minha vida, eu te odeio Luan
Luan: -Sophi-me abraçou chorando e me soltei
Sophia: -SOME DA MINHA VIDA-gritei, ele simplesmente virou as costas e saiu

O olhei saindo dali e me joguei no chão, como ele pode, eu me entreguei de corpo e alma, revelei a ele todos os meus segredos, dei o meu coração a ele, agora tudo estava acabado, agora nada mais fazia sentido na minha vida, agora sim, tudo acabou.





Oiii meus pupilos kkkk' tudo bem? olha a sinopse ai! tadinha da Sophi mais tadinho do Luan, tudo culpa do testudo!!!

Capítulo 16

Aproximei meus lábios do dele e nos envolvemos em um beijo gostoso, assim que encerramos deixei ele na sala e fui pra cozinha ajudar minha mãe.

Clarice: - quero ver seu pai
Sophia: - vamos comer primeiro, depois a gente vai lá
Clarice: - mas como ele está?
Sophia: - nada bem, e agora ele inventou que quer vim embora, porque quer morrer em casa
Clarice: - seu pai ta maluco?
Sophia: - acho que sim-dei m sorriso triste
Clarice: - quem vai cuidar dele depois que a gente for embora?
Sophia: - mãe eu não vou voltar pra casa contigo, eu vou ficar e cuidar dele até o último suspiro que ele der
Clarice: - lógico que não Sophia, nem pensar, vai ser muito doloroso pra ti filha, não
Sophia: - mãe eu já decidi e eu vou fucar sim
Clarice: - você ainda é menor e tem que me obdecer
Sophia: - não adianta, nada vai me fazer mudar, eu vou ficar com meu pai e ponto final
Clarice: - tem certeza?-disse derrotada
Sophia: - sim
Clarice: - tudo bem então, você que sabe-me abraçou
Soohia: - obrigada

Ajudei ela a fazer o café da tarde e os meninos ficaram na sala jogando video game. Quando ficou pronto colocamos a mesa e chamamos os dois que não vieram. Fui até a sala e os dois estavam vidrados em um jogo de futebol.

Sophia: - ei vamos comer-chamei e eles nem tchum-Luan e João Pedro-entrei na frente da tv
Luan: - poxa pixuquinha, sai da frente, eu ia fazer o gol
Sophia: - o café tá pronto, vamos comer
J.P: - já vamos, deixa só o Luan fazer esse lance
Sophia: - beleza, só esse

Sai da frente da tv e fiquei olhando, o Luan fez o tal lance e fez o gol empatando o jogo. Assim que o jogo voltou eles não pararam como disseram. Fui até atrás da tv e tirei o cabo da tomada desligando a tv e o video game.

J.P: - PORRA SOPHIA-deu um grito e eu ri
Clarice: - olha a boca João Pedro, não é assim que se fala com a sua irmã-minha mãe apareceu brava na sala
Sophia: - e agora? Vocês vem comer ou não?-falei rindo e o J.P me olhava furioso-também amo você maninho
Luan: - bora comer-Luan levantou do chão bolado comigo
Sophia: - vai ficar boladinho também?
Luan: - fala comigo não Sophia
Sophia: - ta, depois não reclama-ia sair, mas ele me puxou
Luan: - eu to brincando amorzinho-beijou meu pescoço
Sophia: - bom mesmo rum, agora vem que quero comer o bolo de cenoura da minha mãe
Luan: - tem cobertura de chocolate?
Sophia: - tem
Luan: - bora comer-saiu na frente e entrou na cozinha

Tomamos café em harmonia e minha mãe contou mais ou menos como foi a viagem. Tirei a louça e coloquei o Luan e o J.P pra lavar, corri pro banheiro primeiro e tomei um banho, sai já vestida em um vestido e minha mãe quem entrou. Depois que todos tomamos banho, menos o Luan fomos até o hospital e meu pai continuava dormindo, ficamos poucos minutos ali e seguimos pra casa do Luan.

Passamos a noite toda ali, jantamos, conversamos e graças a Deus os pais do Luan não acharam ruim dele estar ficando sempre comigo. Ele pegou duas peças de roupas e voltamos pra minha casa. Minha mãe dormiu na minha cama e eu e o Luan novamente fomos dormir na cama do meu pai.

Sophia: - depois de amanhã meu pai vai sair do hospital, e não vamos mais poder dormir juntos então aproveita-alisei sua barriga
Luan: - posso aproveitar mesmo?-me olhou malicioso
Sophia: - não desse jeito
Luan: - ta bom-cheirou meu pescoço-mereço pelo menos uns beijos né
Sophia: - você merece mais que isso sabe, mas com meu pai nessa situação, não consigo pensar em outras coisas-tombei a cabeça de lado
Luan: - relaxa pixuquinha, não to te cobrando nada
Sophia: - eu sei, mas sei lá, você já fez essas coisas?-perguntei sem graça
Luan: - que coisas? Sexo?-perguntou rindo e escondi meu rosto na curva de seu pescoço
Sophia: - sim
Luan: - já sim, algumas vezes-ergueu meu rosto
Sophia: - e como é? Tipo, eu sei como é obvio, mas digo, a sensação
Luan: - quer mesmo FALAR sobre isso?-deu enfase na palavra falar
Sophia: - vamos dormir vai, boa noite-dei um selinho em seus lábios
Luan: - qualquer coisa me chama-mordeu minha orelha e me arrepiei
Sophia: - para com isso-apertei sua cintura
Luan: - ganho pelo menos um beijo de boa noite?
Sophia: - ganha sim

Puxei seu rosto de encontro com o meu e beijei seus lábios macios. Suas mãos apertaram minhas costas me puxando pra mais proximo, o beijo começou a esquentar e ele se afastou.

Sophia: - desculpa, mas eu não consigo me controlar
Luan: - ainda bem que eu ainda consigo-riu abafado
Sophia: - obrigada-selei nossos lábios

Dormimos de conchinha a noite inteira. O dia seguinte foi corrido, minha mãe passou o dia inteiro no hospital com meu pai e eu e os meninos terminamos de pintar a igreja que ficou maravilhosa na parte da manhã, na parte da tarde montamos a igreja com os bancos, imagens, altar, cadeiras, exatamente tudo. A noite ajudamos o J.P a arrumar a mala dele, pois depois de amanhã ele iria voltar pra casa com a mamãe. Arrumamos toda a casa e finalmente resolvemos descançar. Minha mãe chegou em casa já era tarde, tomou um banho e pedimos comida em um restaurante ali perto.

Fomos dormir cedo, pois amanhã meu pai voltaria pra casa. Acordei primeiro que todo mundo, arrumei toda a casa, o café da manhã também, tomei um banho, me troquei e fui pro lado em "frente" de casa.

Sophia: - meu Deus, não deixa que nada de mal aconteça ao meu pai, me dê forças pra cuidar dele e não desistir

Continuei mais um tempo ali e em seguida entrei pra dentro de casa e tinha alguém no banheiro tomando banho, fui até o quarto do meu pai e o Luan ainda estava ali, me deitei em cima dele e beijei todo seu rosto.

Sophia: - acorda meu amorzinho
Luan: - chata, deixa eu dormir
Sophia: - chata não moço, sou legal, ta tarde já e temos que buscar meu pai
Luan: - ta bom-nos virou e ficou por cima de mim na cama, me arrancando umas gargalhadas
Sophia: - para-falei quando ele começou a me dar cócegas
Luan: - diz que me ama
Sophia: - EU TE AMO-gritei e ele parou, olhei pra porta e minha mãe nos olhava com um sorriso bobo no rosto
Luan: - escutou né? Ela me ama-Luan disse pra minha mãe
Sophia: - fui praticamente obrigada por ele a dizer isso, portanto não conta-continuei rindo
Clarice: - vocês ficam lindos juntos sabia?
Luan: - lindo eu já sou-falou todo convencido e eu ri mais ainda e minha mãe me acompanhou
Clarice: - que merda
Sophia: - muito convencido esse garoto, ta louco, vou comer que to com fome e ganho muito mais
Luan: - muito mais mesmo, muito mais quilos-falou e o olhei de boca aberta
Sophia: - chato, não quero mais falar contigo-fiz bico tentando levantar, mas ele não me deixou
Luan: - to brincando pixuquinha-beijou meu rosto
Sophia: - não-empurrei ele e me levantei
Luan: - ta bom, então vou embora-sentou na cama e começou a calçar o tênis
Sophia: - não-me sentei em seu colo e só ouvia as risadas da minha mãe na porta
Luan: - eu não vou boba, vou tomar banho rapidinho e em seguida vamos comer ta?
Sophia: - ta bom-selei seus lábios em um selinho

Fui pra cozinha com minha mãe, nós duas ainda riamos das palhaçadas do Luan, ele passou por nós e foi ao banheiro. Minha mãe foi acordar o J.P e o Luan saiu do banheiro, me deu um beijo rápido e se sentou na mesa. Esperamos o João sair do banheiro e tomamos café juntos, assim que acabamos minha mãe e o João ficaram e iriam pra igreja, eu e o Luan fomos até o hospital. Estava no corredor e meu pai já estava na porta, vestido e com uma mochila na mão.

Sophia: - ta maluco pai? O que custava esperar?
Davi: - custava muito, não aguento mais isso aqui
Sophia: - doido-fui até ele e peguei a bolsa

O Luan escorrou ele no ombro e seguimos até a sala da doutora, ela entregou um papel pro meu pai assinar e assim ele fez, ela passou a receita com todos os medicamentos, me ensinou tudo, horarios e disse que na primeira semana uma enfermeira iria lá na hora dos medicamentos pra me ajudar. Nos despedimos e seguimos até o carro.

Sophia: - vamos fazer uma parada ta?-falei o ajudando a entrar no banco do passageiro
Davi: - onde vamos?
Sophia: - você verá mocinho-entrei atrás

O Luan entrou e com um sorriso no rosto se dirigiu até a igreja, assim que chegamos meu pai abriu um lindo sorriso no rosto.

Davi: - mas..-ele começou emocionado e não conseguiu terminar
Sophia: - você teve um bom assistente-o abracei de lado
Davi: - vamos entrar, quero ver tudo
Luan: - vem-o ajudou

Entramos na igreja e meu pai não conseguiu controlar as lágrimas, acabei me emocionando com ele. Minha mãe e o J.P estavam perto do altar e emocionados com a cena.

Davi: - tudo o que eu destrui, está lindo, vocês fizeram um lindo trabalho
J.P: - tive que treinar muito o meu assistente, mas deu certo-meu irmão abraçou o meu pai
Davi: - está tudo tão lindo, nem parece que coloquei fogo em tudo isso
Luan: - eu tenho certeza que não foi o senhor que colocou fogo aqui, mas tudo o que fez por essa igreja é emocionante tenho orgulho do homem que você é-Luan disse todo fofo e sorri toda boba

Ficamos por um tempo ali, mostramos todos os detalhes pro meu pai que estava encantado e disse que tudo ficou bem mas do que ele tinha imaginado. Olhei as horas e tava quase na hora de medica-lo pra ele dormir, chamei eles e fomos pra casa que era pertinha dali. Fiz como a doutora me ensinou e depois de um tempinho meu pai adormeceu.

Passamos o dia juntos e a noite o Luan resolveu ir embora, ir dormir em casa, mas prometeu que amanhã mesmo ele voltava já que minha mãe e o J.P iriam embora amanhã.

Olaaaa pessoaas! Arrumei um celular emprestado até chegar começo do mês e eu comprar o meu, era pra mim ter ido buscar hoje, mas a preguiça não deixou, então amanhã volto pro grupo!!!!!!

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Capítulo 15

Lavei meu rosto, me arrumei, e o Luan também, fui chamar o J.P, mas ele virou pro lado e voltou a dormir. Desliguei tudo da tomada, desliguei o gás do fogão, exatamente tudo, escrevi um bilhete pra ele e deixei em cima da mesa junto com pão pra ele tomar café, tranquei a casa e seguimos pro hospital.

Luan: - quer que eu volte lá e fique com o J.P?
Sophia: - você faria isso por mim?
Luan: - claro que sim, vai lá ver o que seu pai quer, eu fico com o João e qualquer coisa você me liga, se não venho quando ele acordar
Sophia: - obrigada-dei um beijo rápido nele

Entrei pro hospital, peguei o cartão de acompanhante e fui direto pro quarto dele, assim que cheguei lá ele estava vomitando sangue enquanto a doutora tentava mudar a situação. Me aproximei dele e alisei suas costas, ele me olhou de lado e continuou a vomitar, quando finalmente parou entreguei uma toalha de rosto pra ele limpar a boca e assim ele fez.

Sophia: - o que aconteceu?
Elaine: - isso é resultado do tratamento, como ele tinha diminuido os remédios, agora que aumentou, no começo vai rolar esses enjoos, só não é muito comum vomitar sangue, mas as vezes vai acontecer, vou medicar ele e qualquer coisa me chama ta?
Sophia: - tudo bem

Ela o medicou e saiu, peguei um copo que estava do lado da cama fui ao banheiro e peguei um pouco de água, dei pra ele que fez um gargarejo limpando a boca do sangue.

Sophia: - você está bem?-perguntei preocupada
Davi: - to sim
Sophia: - que bom, quer comer?
Davi: - quero, to com fome
Sophia: - vou pedir café da manhã pra você, pera ai

Procurei uma das funcionárias ali do hospital e pedi pra ela, ela disse que logo levava, voltei pro quarto e me sentei ao lado do meu pai.

Sophia: - você pediu pra doutora me ligar porque queria falar comigo, falar o que?
Davi: - filha, me tira daqui
Sophia: - o que?
Davi: - me tira daqui, eu quero sair daqui, quero ir pra casa, eu sei que eu não tenho muito tempo, mas não quero morrer aqui, me leva pra casa
Sophia: - pai, aqui você vai ter mais tempo, vai fazer o tratamento, vai ficar bem
Davi: - eu vou ficar bem quando estiver em casa, por favor
Sophia: - daqui a pouco vou falar com a médica
Davi: - obrigada

Fiquei ali com ele, a mocinha trouce o café dele e ele comeu tudo, ficamos conversando por um tempo até ele adormecer. Sai atrás da doutora e a secretária dela disse que estava com uma paciente. Esperei um pouco e quando a moça saiu, ela me chamou pra sala dela e eu entrei.

Elaine: - tem algo errado?
Sophia: - ele quer ir pra casa
Elaine: - mas ele não pode, ele tem que continuar o tratamento aqui tomar os remédios, ter os cuidados que tem aqui
Sophia: - eu sei, eu disse isso a ele, mas ele sabe que não vai aguentar muito tempo e me disse que não quer morrer aqui
Elaine: - bom, se esse é um desejo dele, eu vou agilizar os papeis, mas isso vai demorar uns dois dias
Sophia: - tudo bem, obrigada, e eu quero saber tudo, horarios dos remedios, o que fazer com ele, exatamente tudo, eu vou cuidar dele até o último suspiro que ele der
Elaine: - eu posso ver isso em seus olhos, eu vou dar entrada no pedido ta? E vou te dizer exatamente tudo que precisa
Sophia: - obrigada, vou voltar lá

Cheguei no quarto e meu pai anda estava dormindo e meu celular vibrando na cadeira, peguei o mesmo e vi que o Luan me ligava.

Sophia: - oi?
Luan: - seu pai ta bem?
Sophia: - ta sim, o J.P já acordou?
Luan: - já sim, seu pai ta acordado?
Sophia: - não, ele ta dormindo
Luan: - vamos passar ai pro J.P ver ele e depois vamos pra igreja ver se conseguimos terminar de pintar ainda hoje
Sophia: - vem sim, ai vou com vocês e ajudo agora de manhã já que ele está medicado e vai dormir bem, e a tarde fico aqui com ele
Luan: - acho que você vai mais estragar do que ajudar-falou e eu ri
Sophia: - cala essa boca, panaca, oh pedi pro J.P pegar umas cuecas, duas calça e duas blusas pro meu pai
Luan: - ele vai sair?
Sophia: - depois a gente conversa pessoalmente ta?
Luan: - ta bom, já eu chego ai, beijo
Sophia: -ta bom, beijo-fiquei esperando ele desligar coisa que não aconteceu-desliga
Luan: - vou desligar, beijo, te amo pixuquinha
Sophia: - te amo ganzão-desliguei

Me sentei e fique jogando um joguinho que tinha no meu celular até os meninos chegarem, peguei a mochila que eles trouceram e guardei em um armario que tinha ali, o J.P deu um olhada nele rapidamente e saimos dali.

Passamos a manhã inteira na igreja pintando e só faltava duas paredes, com certeza eles pintariam uma essa tarde e outra amanhã, o bom é que quando meu pai sair do hospital ele vai ver a igreja pronta.

Almoçamos pizza requentada e cheio de piadinha. Voltei pro hospital e meu pai estava almoçando, esperei ele comer e nos deitamos apertadinhos na "cama" dele. Estava passando um filme na tv e ficamos assistindo.

Davi: - só falta uma pipoquinha
Sophia: - que você não pode comer-ri
Davi: - que bosta
Sophia: - não reclama, é pro seu bem, agora shiu, assisti o filme
Davi: - ta

Ele ficou em silêncio e continuamos assistindo, foi bem lindo o final do filme e quando a médica entrou no quarto estava eu e meu pai chorando.

Elaine: - o que aconteceu que tão chorando?
Sophia: - estavamos assistindo um filme e o final foi lindo
Davi: - eu não estou chorando-disse limpando as lágrimas
Sophia: - que mentira pai, você ta chorando sim
Davi: - to nada-disse durão
Elaine: - finjo que acredito-ela zuou e ele fez careta
Davi: - duas contra um não vale
Elaine: - ta bom, eu acredito, você não estava chorando-disse ironica e eu ri
Davi: - não mesmo
Elaine: - ta bom, chega, vim te medicar novamente
Davi: - por que?
Elaine: - você está querendo ir embora então vou aumentar o tratamento nesses dois dias que você ainda vai ficar aqui
Davi: - dois dias?-fez careta
Elaine: - o seu caso é muito sério, então tenho que pedir sua liberação pra comissão do hospital
Davi: - ta né, pelo menos vou embora pra casa
Elaine: - promete que vai se cuidar?
Davi: - prometo

Ela o medicou e saiu, ficamos conversando um tempão, até que o remédio fez efeito e ele dormiu. Peguei minhas coisas e chamei um taxi, fui pra casa, paguei o taxi, deixei mimhas coisas em cima do sofá e fui pro lago. Me sentei ali em frente e fiquei um tempão pensando em o que fazer, eu não podia abandonar meu pai, mas vê-lo morrer seria uma dor indescritivel pra mim.

Luan: - oi-sentou ao meu lado
Sophia: - já chegaram, caraca
Luan: - ficou faltando só uma parede, ai o J.P resolveu deixar pra amanhã e viemos pra cá, só não sabia que estaria aqui
Sophia: - pois é! A médica aumentou as dosagens de remédio do meu pai e ele ta dormindo sempre, ai preferi vim pra casa pensar
Luan: - sabe que é melhor não pensar né?
Sophia: - nesse caso não tem como não pensar
Luan: - que caso?
Sophia: - lembra que meu pai queria falar comigo né?
Luan: - sim, o que ele disse?
Sophia: - que quer vir embora, que quer morrer em casa
Luan: - e ele vai vim?
Sophia: - é um desejo dele, eu vou atender, mas pra mim ta sendo dificil, eu não quero abandonar meu pai, mas também não quero ver ele morrer-mordi os lábios tentando conter as lágrimas
Luan: - o pixuquinha, não dá nem pra imaginar o quanto está sendo dificil pra você, mas eu vou estar aqui, vou te ajudar com o que precisar
Sophia: - não é justo, você tem sua vida e está deixando de vive-la, pra viver a minha comigo
Luan: - quando a gente ama, a gente abre mão de algumas coisas, e eu abri mão do mundo pra estar com você
Sophia: - obrigada por tudo que tem feito por mim desde quando nos esbarramos aqui no lago, eu amo você
Luan: - e venha o que vier eu vou estar pra sempre com você-cantou baixinho
Sophia: - lindo-o beijei, mas fomos interrompidos pelo J.P
J.P: - SOPHIA-me gritou
Sophia: - da última vez que ele me gritou ele tinha encontrado meu pai desmaiado na cozinha-me levantei rapidamente
Luan: - vamos ver o que é

Corremos até em casa, e assim que entramos não acreditei, sai correndo e me joguei nos braços dela.

Sophia: - mãe-chorei em seu colo e ela acariciou os meus cabelos
Clarice: - calma meu amor, vai ficar tudo bem, tudo bem ta?
Sophia: - por que isso ta acontecendo com ele?
Clarice: - o que Deus preparou pra nós, ninguém poderá mudar, fica calma
Sophia: - obrigada por vir
Clarice: - eu amava seu pai, jamais iria abandona-lo nessas circunstâncias, onde ele está?
Sophia: - no hospital, depois conversamos sobre isso
Clarice: - tudo bem-ela assentiu e olhou pra porta-quem é?
Luan: - prazer, sou Luan, amigo da Sophia
J.P: - amigo, aham-disse ironico e nós rimos
Clarice: - ah você é o famoso Luan-o olhou de cima a baixo-parabéns filha, ele é lindo e se está aqui é porque realmente gosta de você
Luan: - gostar não é bem a palavra, eu amo a Sophia-disse me olhando com um sorriso encantador e tive que retribuir
Clarice: - mas gente, que lindo vocês dois
Sophia: - obrigada, a gente sabe-todo mundo riu-mas para de falar e vai fazer café da tarde pra gente que to com fome
Clarice: - mal chego e você já começa a me explorar, que coisa hein
Sophia: - por favorzinho mãe
Clarice: - eu vou-se levantou e foi pra cozinha
Luan: - acho que vou pra casa-me puxou pela cintura
Sophia: - por que?
Luan: - vocês estão em um clima de familia e eu atrapalhando
Sophia: - você nunca atrapalha, você também é da familia, mas se quiser ir você que sabe, talvez você quer fazer algo, ou falar algo com sua familia, ou descansar dessa correria
Luan: - eu não tenho nada pra fazer, mas eu acho que estou atrapalhando
Sophia: - MÃE-gritei da sala
Clarice: - OI-gritou da cozinha e apareceu na porta
Sophia: - o Luan ta atrapalhando a gente?
Clarice: - lógico que não, por que?
Sophia: - porque ele quer ir embora, porque disse que está atrapalhando
Clarice: - sossega a bunda ai, vou fazer um bolo gostoso pra gente comer
Luan: - tudo bem, se é pro bem da humanidade, eu fico
Sophia: - zangão para, eu, o J.P e minha mãe não somos a humanidade, então menos please-falei rindo e o J.P também viu
J.P: - oh Luan vamos jogar um video game?
Luan: - bora, pega lá
J.P: - já volto
Luan: - quero beijo

OIIIE! E AI? FIRMEZA PESSOAR?