sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Capítulo 17

Acordei com minha mãe me balançando, abri os olhos e a olhei.

Clarice: - levanta, quero falar contigo
Sophia: - sobre?-a olhei
Clarice: - vai tomar um banho, lavar esse rosto e conversamos
Sophia: - papai já acordou?
Clarice: - ainda não, daqui a pouco ele acorda e tem outro remédio pra tomar
Sophia: - é, eu sei, meu celular ia despertar daqui uns minutos
Clarice: - então, vai lá filha
Sophia: - ta bom

Me levantei e fui até o banheiro, fiz minha higiene, lavei o rosto, tomei um banho um tanto demorado, fui pro quarto de toalha, peguei uma roupa, olhei e o J.P estava de costa pra mim e com a cabeça meio coberta, peguei minha roupa e me troquei ali mesmo rapidamente, sai e procurei minha mãe pela casa, não encontrei, sai na varanda e vi que ela estava no lago, observando a água meio cristalina. Me aproximei dela e ela percebeu que eu estava ali.

Clarice: - que demora hein moça
Sophia: - desculpa, me empolguei no banho-ri
Clarice: - percebi
Sophia: - o que quer mãe?
Clarice: - Sophia tem certeza que quer ficar?
Sophia: - de novo isso dona Clarice?
Clarice: - Sophia, seu pai não vai resistir a muito tempo, ainda mais agora que vai diminuir os medicamentos
Sophia: - eu sei disso, eu sei de..-ela me interrompeu
Clarice: - ELA VAI MORRER-gritou comigo e nunca, ouvir que ele vai morrer me doeu tanto
Sophia: - eu sei, mas ele precisa de mim, ele precisa
Clarice: - você vai ampara-lo e quem vai amparar você? Quem vai tirar essa dor de ti? Quem vai te dar a mão?
Sophia: - eu consigo sozinha mãe, eu sei que consigo, ele precisa de mim, ele só tem a mim
Clarice: - você tem umas tias, uns tios, você pode..-a interrompi
Sophia: - NÃO, NÃO, NÃO-gritei com ela sentindo minhas lágrimas escorrerem-eu passei toda a minhas férias de final e começo de ano com meu pai, e ele não recebeu uma ligação se quer de algum irmão, de alguma irmã, nada, ele não tem ninguém, só eu
Clarice: - você vai sofrer, eu não quero te ver sofrer-ela chorou
Sophia: - é por ele mãe, você não tem noção como eu o tratei nessas férias, em como eu me comportava, como eu falava com ele, eu fui injusta, fui fria, fui desumana com ele, eu preciso fazer algo agora, assim como eu faria se fosse você-alisei seu rosto limpando as lágrimas dela e ela fez o mesmo limpando as minhas lágrimas
Clarice: - eu amo você e só quero o seu bem
Sophia: - eu sei que sim, e eu também te amo-abracei ela
Clarice: - vamos voltar, já está na hora do remédio do seu pai
Sophia: - vamos lá

Voltamos pra casa abraçadas, mas podia sentir minha mãe pensativa, com medo. Entramos e fui direto ao quarto do meu pai, ele estava acordado olhando o teto, me aproximei e deitei ao seu lado.

Sophia: - bom dia amorzinho
Davi: - bom dia princesa, dormiu bem?
Sophia: - sim e você?
Davi: - to bem
Sophia: - bora tomar o remédio e a minha mãe vai trazer seu café da manhã-me levantei e peguei a caixinha de remédios
Davi: - queria te perguntar uma cousa
Sophia: - pode falar pai-falei concentrada pegando o remédio
Davi: - você vai embora com a sua mãe?

Peguei um copo de água dei o comprimido pra ele e me sentei ao seu lado novamente.

Sophia: - não pai, eu não vou, eu vou ficar aqui e cuidar de você
Davi: - filha, eu vou mor..-o interrompi
Sophia: - chega, eu estou cansada de todo mundo dizendo que você vai morrer, eu sei disso e não estou me importando, eu vou cuidar de você e ponto final
Davi: - ta bom, obrigada por isso
Sophia: - obrigada você por tudo que fez por mim, agora vamos comer né?
Davi: - com certeza, estou com fome
Sophia: - ta pera ai

Fui até a cozinha e peguei o café dele em seguida fui pra sala novamente, alguns minutos depois ele apareceu na sala com a bandeja, deixou no balcão da cozinha e sentou no sofá. O J.P fez de tudo pra não levantar, pois sabia que iria embora, e não teve escolha. O Luan chegou em casa com uma única rosa vermelha e me entregou, me deu um selinho e foi cumprimentar meu pai. Passamos quase toda a manhã ali, até o Danilo chegar pra buscar o J.P e minha mãe. Conversei com ele rapidamente, apresente o Luan, ele conheceu meu pai, se falaram rapido. Meu pai entrou pra dentro de casa e chamou meu irmão, deixamos os dois lá, quando eles sairam de lá, o João chorava muito, se despediu de mim e do Luan e foi pro carro. Falei rapidamente com a minha mãe e eles se foram.

Sophia: - Luan de tarde vou ter que ir no hospital, você fica com meu pai?
Luan: - claro que sim pixuquinha, agora preciso ir lá na oficina, preciso falar com o Rober
Sophia: - parou de trabalhar mesmo hein?
Luan: - eu não parei, apenas dei um tempo, meu pai ta me ajudando com a grana do cd
Sophia: - então ta né?
Luan: - vou lá e já volto
Sophia: - ta bom zangão

Aproveitei que meu pai tinha entrado e dei um beijo no Luan, um beijo delicioso, cheio de carinho, sem malicia.

Sophia: - eu amo você
Luan: - e eu amo você-me deu um beijinho de esquimó em seguida se afastou indo em direção ao carro dele

Luan narrando

Dirigi pensando em uma maneira de fazer esse pedido ao Roberval, sabia que não seria facil, mas o Testa tinha que topar. Assim que cheguei lá vi ele do lado de fora olhando o motor de um carro, me aproximei e me escorrei no carro, ele me olhou e se indireitou.

Luan: - por favor cara
Rober: - você sabe que vai dar merda né?
Luan: - ele está em estado terminal, ele não pode morrer se culpando por algo que não fez
Rober: - tudo bem, mas é por você
Luan: - valeu cara, obrigada de verdade

Sophia narrando

O Luan não se demorou, ainda bem, fiz nosso almoço, macarrão ao molho branco e carne frita. Almoçamos conversando sobre coisas banais, o tal enfermeiro que a doutora ia mandar chegou viu se estava tudo certinho, me ensinou algumas coisas e foi embora. Tomei um banho rápido, me vesti, arrumei minha bolsa e fui até os dois homens presentes na sala que estavam vidrados em um jogo de futebol que estava passando na tv.

Sophia: - ei vocês dois, to saindo hein, juízo
Davi: - vai onde?
Sophia: - no hospital, tenho algumas coisas pra conversar com a doutora, mas logo ru volto-beijei sua testa-cuida dele ta?-sussurrei só pro Luan
Luan: - pode deixar, vou cuidar direitinho, se cuida-me deu um beijo rápido
Sophia: - te amo
Luan: - te amo-respondeu sorrindo

Sai dali de casa e segui minha caminhada até o ponto de onibus, mas assim que mexi na bolsa pra pegar o dinheiro pra pagar o onibus, me lembrei que deixei a carteira em cima da cama. Voltei correndo pra casa, mas me surpreendi ao ouvir o começo de uma conversa do Luan com meu pai, fiquei escondida, apenas escutando.

Luan: - bom Davi, eu trouxe o Rober aqui pra te contar uma coisa
Davi: - que coisa?
Rober: - contar que não foi o senhor que colocou fogo na igreja
Davi: - e quem foi?
Rober: - eu, o Luan e mais dois amigos estavamos pertos da igreja, conversando e pegando umas garotas, quando o Maicon chegou com a galera dele, o Luan se despediu e foi embora, começamos a beber e brincar com fogo, vimos quando o senhor chegou na igreja, o Maicon jogou uma garrafa com fogo lá dentro pela janela que estava aberta e em seguida alcool, o senhor estava desacordado e por estar na igreja foi o culpado pelo incendio já que a policia nunca investigou realmente o caso
Davi: - então não foi eu?-ele parecia aliviado
Rober: - não, mas não se preocupa senhor, vamos sair daqui direto pra delegacia
Davi: - não, ninguém vai a delegacia, vamos deixar isso como está
Luan: - mas eles pensam que foi você-disse indignado
Davi: - e vão continuar pensando, deixa por isso mesmo
Luan: - obrigada
Rober: - obrigada

Eu já não aguentava ouvir uma palavra se quer, apareci na porta sem conter minhas lágrimas e joguei minha bolsa no chão. O Luan me olhou e apenas neguei com a cabeça saindo dali e indo direto pro lago.

Luan: - Sophia por favor me escuta
Sophia: - não-neguei
Luan: - por favor me escuta, eu não podia dizer nada, eu nem estava lá na hora, isso era coisa do Testa
Sophia: - você me enganou, você é um monstro, sem coração
Luan: - não diz isso, você sabe que eu não sou assim
Sophia: -como você pode? Você viu como ele estava, você viu como ele se sentia culpado-falei chorando
Luan: -não tinha nada a ver comigo Sophia, ele tinha que contar, eu fiquei pressionando ele pra contar, e somente agora consegui-tentou se aproximar e soquei seu peito
Sophia: -não vem tirando o seu da reta, você é apenas um muleque, eu não devia ter me envolvido com você, como fui burra, me deixei levar por você, idiota-distribui vários socos em seu peito e ele segurou meus braços
Luan: -não faz isso comigo, por favor me perdoa
Sophia: -eu quero distancia de você, distância, sabe aquele amor? Acabou de morrer, agora faz o favor, some da minha frente, some daqui, some da minha vida, eu te odeio Luan
Luan: -Sophi-me abraçou chorando e me soltei
Sophia: -SOME DA MINHA VIDA-gritei, ele simplesmente virou as costas e saiu

O olhei saindo dali e me joguei no chão, como ele pode, eu me entreguei de corpo e alma, revelei a ele todos os meus segredos, dei o meu coração a ele, agora tudo estava acabado, agora nada mais fazia sentido na minha vida, agora sim, tudo acabou.





Oiii meus pupilos kkkk' tudo bem? olha a sinopse ai! tadinha da Sophi mais tadinho do Luan, tudo culpa do testudo!!!

7 comentários:

  1. Falo nada pra essa sophia
    Só q ela vai se arrepender
    Tchau
    Continua

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  2. Ai cara que do,só uma pergunta porque apareceu "michelle narrando?" Kkkk
    Tudo culpa do testa tadinho,Luan tinha culpa não,já tava desconfiada que eles iam se separar por causa disso.
    Continua

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  3. VOU MATAR O ROBERVAL, A CULPA É TODA DAQUELE PUTO..
    Tadinha da Soph, tem q perdoar o Luan pq ele não teve culpa :(

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  4. Porraa não gostei
    Já sabia que isso já acontecer
    Mais nai gostei, msm assim...

    Ela tem que perdoar ele, a culpa não é de loam...era coisa do Robert
    Ele que tinha que contar...

    Adeus

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  5. Ai meu Deus .... Mesmo imaginando que isso poderia acontecer , tu narrando assim acabou com a Camilla , estou em lagrimas (maldita TPM)
    Continua Bombonzinha

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  6. Sabia que isso ia aconteceeeeer cara! Eu vou matar esse ser humano que se chama roberval -.- coont amrzin♥

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