Capítulo 68

Uns amigos do Luan surgiram no camarim e o convidaram pra uma socialzinha na casa deles depois do show. O Luan topou e disse que iria me levar, pois não queria me deixar sozinha. Eu já estava brava e depois disso fiquei ainda mais.

Quando o show estava pra começar, tive que esperar o Luan e seguimos pelo corredor de mãos dadas, antes dele ir pro palco pra poder fazer sua entrada, ele grudou na minha cintura.

Luan: - tem muito repórter-ele disse só pra mim ouvir e sem quase mexer a boca

Ele me deu um beijo rápido e saiu enquanto eu fui direcionada até o palco pra assistir o show dali. Eu confesso que eu jamais iria me cansar de ver um show dele.

O show foi maravilhoso, menos a parte que ainda teve uma garota lepo lepo e que bem atirada pro meu gosto. Aquilo não fogo por dançar com seu ídolo, era fogo por ver um homem bonito e comprometido. O Luan tratou de fazer exatamente tudo pra que eu ficasse com ciúmes e ele bem que conseguiu, já que eu estava com vontade de invadir o palco e arrancar aquela loira pelos cabelos.

O show terminou e sai em direção ao camarim sem esperar meu amado que chegou logo depois de mim. Ele foi direto pro banheiro e eu permaneci sentada no sofá do camarim. A verdade era que eu estava cansada de fingir que tudo estava bem, eu queria resolver logo esta história, se ficamos bem ou não ficamos mais juntos.

Luan: - vai também Lelê?-ele perguntou assim que saiu do banheiro
Lelê: - pra onde menino?-ela perguntou sem entender, assim como eu
Luan: - festa no Diogo meu amigo-ele disse dando de ombros
Lelê: - eu não vou, mas a Sophia vai com você, trate de cuidar dela e de a tratar bem, e o Rober também vai, ele sabe o que fazer-ela avisou
Luan: - ta bom-revirou os olhos

Saímos de mãos dadas, mas dessa vez ele iria atender, então quando ele parou eu me soltei e continuei meu caminho. Teve algumas meninas que pediram foto comigo e eu lógico que tirei, porém minutos depois fui obrigada a ir pra van, já que o Luan já estava chegando nela. Entrei na mesma primeiro que ele e me sentei no fundo, bem no cantinho. O Luan sentou novamente obrigado, do meu lado e ficou me olhando. Segundos depois ele mexeu no decote do meu vestido e arrumou para que quase não aparecesse meus seios.

Luan: - a gente está brigado, mas isso continua sendo meu-ele disse sem jeito e eu dei um sorriso
Sophia: - sempre foi, e sempre vai ser seu
Luan: - não foi sempre-ele revirou os olhos
Sophia: - lembra aquela vez na sua caminhonete? Foi a primeira vez que qualquer homem viu meus seios, e me viu tão entregue daquele jeito, sempre foi seu
Luan: - mas no momento que você..-ele parou de falar-deixa pra lá, não quero lembrar disso-ele disse bravo
Sophia: - podemos conversar depois?-tomei coragem pra perguntar
Luan: - eu te pedi um tempo, respeita ele, quando eu quiser falar, a gente conversa-ele disse grosso e ríspido comigo

Apenas virei a cabeça pro outro lado e senti minhas lágrimas descerem. Ultimamente isso estava acontecendo com uma frequência absurda, que me doía o peito de uma forma que nunca senti na vida.

Fui o caminho todo derramando minhas lágrimas, enquanto ele conversava sobre a social de hoje, super animado.

Quando a van parou no hotel pra deixar a Lelê, eu me virei pro Luan.

Sophia: - eu quero ficar-falei baixo, eu estava com um soluço preso na garganta
Luan: - por quê? O Rober vai também, ele te faz companhia-ele revirou os olhos
Sophia: - não é companhia dele que eu quero
Luan: - sem drama Sophia-ele disse sério
Lelê: - você precisa ir Sophia, não vai ser bom ele ir pra uma festa depois do show que você estava, sozinho-ela disse triste por mim
Sophia: - tudo bem, mas eu já queria avisar, que eu só vou nos shows até domingo e depois eu não vou mais, até que tudo fique bem, ou que a gente se separe de vez-expliquei e vi os olhos do Luan esbugalhados
Lelê: - tudo bem, eu sei que ta difícil pra você, e mesmo assim você vai ficar até o último show da semana, eu entendo você
Luan: - entende ela? Você tinha que me entender-ele disse bravo-ela escondeu um filho de mim-ele quase gritou e eu engasguei
Lelê: - filho?-ela perguntou bem surpresa
Rober: - não chegou a nascer Lelê e isso é um assunto doloroso pra ela, vamos deixar isso pra lá né?-ele interviu por mim

Depois de me lembrar sobre o meu neném, levei minha mão até a barriga e chorei ainda mais, eu podia ter ele aqui agora ao meu lado, mas infelizmente eu não fui capaz, eu acho que a missão de ser mãe não está destinada a mim.

Sophia: - eu nunca vou poder ser mãe, eu sei, essa missão não foi destinada a mim, e não venham me dizer que é bobagem, ou que eu estou sendo hipócrita, eu escondi sim essa história, mas não escondi de vocês, eu escondi ela de mim, foi eu a que mais sofri com essa perda, foi eu que tive começo de depressão depois dela, eu não preciso ficar lembrando de todo o meu sofrimento de minuto em minuto-só podia se escutar a minha voz e sentir a minha dor instalada nela-será que podemos ir logo?-perguntei

A Lelê subiu na van novamente e me abraçou, me dando um consolo de mãe que eu precisava agora. Ela tornou a descer e o Well fechou a porta. O Rober arrumou uma toalhinha pra mim, enxuguei todo meu rosto, e a minha sorte é que minha maquiagem era a prova d'água. Passei o batom outra vez e fechei os olhos, fui o caminho todo assim sentindo a minha dor e sufocando ela dentro de mim novamente.

Quando a van parou eu continuei de olhos fechados, sem saber o que fazer exatamente, sem saber como agir.

Rober: - está pronta?-ele perguntou e eu abri os olhos
Sophia: - não, mas já que não tem outro jeito-dei de ombros

Me ajeitei no banco e o Luan continuou parado, todo mundo desceu e ele ali.

Sophia: - vamos-falei com ele
Luan: - vamos tentar parecer bem, eu não quero que ninguém saiba que nada está bem e que eu acaba soltando tudo novamente-ele disse e eu apertei sua mão
Sophia: - por favor, não faz isso-implorei
Luan: - tudo bem, eu vou tentar, mas não fica com essa carinha triste pro meu lado-ele suspirou
Sophia: - eu não vou te olhar se você não pedir
Luan: - pode olhar, mas..-ele parou
Sophia: - vamos logo-apontei pra porta

Ele descer e me ajudou a descer. Novamente arrumou meu decote e tocou meu seio esquerdo, onde fica o coração. O meu estava acelerado, ele sempre fica assim quando estou perto dele.

O mesmo segurou na minha mão e tocou a campainha, um dos cara que foram no camarim abriu, e assim que viu o Luan ele festejou e em seguida seus olhos vieram direto em meu decote.

Luan: - é meu Jorge, tira o olho-ele deu um tapa na cabeça do menino-cadê o Diogo?-ele perguntou
Jorge: - ta aí dentro, entra ai

Ele deu espaço e eu entrei com o Luan. Tinha pouca gente, mas a maioria mulher, e assim que o Luan as viu, ele soltou minha mão. Puxei a mão dele e tornei a segura-la. Ele me olhou.

Sophia: - até que você me diga o contrário, você ainda continua sendo meu, não me faz querer te matar aqui-falei seria e ele riu

O Diogo amigo dele se aproximou e ele me abraçou de lado. Os dois se cumprimentaram.

Diogo: - ta comendo bem em-ele disse e me olhou de cima a baixo, em seguida me cumprimentou
Luan: - você também-olhei pra ele e vi que ele deu uma olhada em todas as meninas que estavam ali

Dei um soco na barriga dele que me olhou bravo. O Diogo saiu pra buscar bebida pra gente e me virei pra ele.

Sophia: - em nenhum momento desse tempo que me pediu eu te desrespeitei, fiquei olhando outros caras, portanto ou você me respeita, ou se você quer continuar olhando, a gente acaba tudo o que temos e eu vou embora, já que não tô significando nada pra você-falei séria

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Como prometido! Bateram a meta e eu vim postar!
Luan também não dá uma trégua pra Sophia, ele não deveria a tratar assim, só acho!
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